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terça-feira, 7 de outubro de 2008
Operação Antártica XXVII
Operação Antártica XXVII
No dia 7 de outubro de 2008, terá início a vigésima sétima edição da Operação Antártica (OPERANTAR), com a partida do Navio de Apoio Oceanográfico – NApOc Ary Rongel, do cais da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN). Desde 1982, quando teve início o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), a Marinha do Brasil coordena um conjunto de complexas ações que visam dar suporte às atividades brasileiras na Antártica.
Neste ano, assim como no ano passado, a OPERANTAR XXVII acontece durante o 4º Ano Polar Internacional (2007-2008), fórum mundial que pretende discutir e aprofundar as pesquisas de ponta desenvolvidas na Antártica e no Ártico, reunindo pesquisadores de diversos países para estudar a relação destes inóspitos locais gelados com o restante do planeta, como interagem e de que forma influenciam os oceanos, atmosferas e massas terrestres. Este esforço internacional, multi-institucional e interdisciplinar, cujo resultado deixará um legado de dados e resultados científicos, de estabelecimento de parcerias de toda natureza (tecnológica, científica e humanitária) no âmbito local, regional e global, e de infra-estrutura de apoio para as futuras gerações de cientistas, irá esclarecer questões diversas, tais como biodiversidade marinha, circulação oceânica, ciclos hidrológicos, evolução das glaciações polares e a relação atmosfera-oceano-clima.
Nessa longa comissão, com o regresso ao Rio de Janeiro previsto para o dia 14 de abril de 2009, o Navio, sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Arlindo Moreira Serrado, e subordinado diretamente ao Grupamento de Navios Hidroceanográficos, cumprirá mais uma vez a sua missão de apoiar as atividades de pesquisa científica e a logística da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF).
O porto de Rio Grande–RS será o primeiro destino do “Gigante Vermelho”, como é carinhosamente apelidado o Navio, com a atracação prevista para o dia 10 de outubro. Já no porto gaúcho, concluirá o embarque do material que seguirá para a EACF e efetuará o recebimento das vestimentas especiais polares pelos tripulantes e pesquisadores embarcados. O Ary Rongel suspenderá de Rio Grande no dia 12 de outubro, rumo à Antártica. Ao longo da comissão serão visitados os portos de Mar del Plata e Ushuaia (Argentina), Punta Arenas (Chile) e Montevidéu (Uruguai).
Dentre as tarefas alocadas ao Navio, estão planejados o reabastecimento da EACF e o apoio a projetos de ciência e de tecnologia, além da realização de sondagens e levantamentos oceanográficos desde o continente sul-americano até a Antártica. Os projetos investigarão as mudanças ambientais na Antártica e seus impactos globais, e realizarão o monitoramento ambiental da Baía do Almirantado, localizada nas proximidades da Ilha Rei George (uma das ilhas Shetlands do Sul) e onde está instalada a Estação Antártica brasileira. As atividades científicas envolverão pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa de renome do País, que desenvolverão suas atividades utilizando como base a EACF, o NApOc Ary Rongel e diversos acampamentos estabelecidos na região.
Certamente uma das operações mais complexas realizadas pela Marinha do Brasil, a OPERANTAR se faz possível a cada ano graças às ações coordenadas de seus diversos setores e Organizações Militares. Dentre elas, destaca-se a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), elo de ligação com o PROANTAR, que conta com importantes parceiros, tais como a Petrobras e a OI/Telemar.
No decorrer da OPERANTAR XXVII, estão previstos dez vôos de apoio da Força Aérea Brasileira – FAB até a Base Antártica Chilena Presidente Eduardo Frei. Essa interação entre os vôos de apoio da FAB e o Navio permite o transporte seguro do pessoal e do material entre o nosso País e a região antártica, conferindo maior flexibilidade à logística e às atividades científicas desenvolvidas durante toda a operação. O planejamento minucioso e o criterioso emprego dos meios disponíveis têm contribuído para marcar, de modo inequívoco, a presença brasileira no continente “branco”, de forma pacífica e em consonância com a preservação de seu delicado meio-ambiente. O elevado conceito desfrutado por nosso país na comunidade antártica comprova o alto grau de proficiência alcançado pelo PROANTAR, sob a coordenação da Marinha do Brasil.
Espera-se que a OPERANTAR XXVII seja, assim como suas antecessoras, coroada de êxito, o que contribuirá para reforçar em nossa sociedade, a importância de prestigiar e somar esforços para a manutenção do Programa Antártico Brasileiro, garantindo ao Brasil o direito de participar das decisões que influenciarão o destino da Antártica e continuar ostentando a Bandeira Nacional nas águas austrais, motivo de imenso orgulho para a tripulação do “Gigante Vermelho”.
sábado, 4 de outubro de 2008
05 DE OUTUBRO - DIA DA CRIAÇÃO DA FORÇA NAVAL DO NORDESTE
05 DE OUTUBRO - DIA DA CRIAÇÃO DA FORÇA NAVAL DO NORDESTE
Iniciada como um conflito europeu, a Segunda Guerra Mundial tomaria de assalto o mundo. O Brasil, sob o governo de Getúlio Vargas, manteve-se neutro nos primeiros anos da guerra. Quando, em fevereiro de 1942, os navios mercantes brasileiros começaram a ser torpedeados em grande número, o Brasil reforçou seu apoio aos Aliados. A ofensiva do Eixo contra nossa frota mercante culminou em agosto daquele ano, quando um único submarino alemão afundou seis navios de bandeira brasileira, resultando na morte de 607 pessoas, o que levou o Governo Vargas à declaração de “Estado de Guerra” contra as nações do Eixo, em 31 de agosto de 1942.
A missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o litoral Sul brasileiro contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos. Luta constante, silenciosa e pouco conhecida pelos brasileiros.
A capacidade de combate da Marinha do Brasil no início do conflito era modesta, se comparada com as grandes esquadras em luta no Atlântico Norte e no Pacífico. O pessoal e os navios não estavam preparados para combater o inimigo oculto sob o mar, que assolava o transporte marítimo no litoral. Ingressou-se em uma guerra anti-submarino, sem equipamentos para detecção e armamento apropriado, porém isso não impediu que navios e tripulações lutassem desde as primeiras horas do dia 31 de agosto, assumindo os riscos de um combate desigual.
A criação da Força Naval do Nordeste (FNNE), pelo Aviso nº 1.661 de 5 de outubro de 1942, foi parte do rápido e intenso processo de reorganização das forças navais para adequar-se à situação de conflito. Sob o comando do então Capitão-de-Mar-e-Guerra Alfredo Carlos Soares Dutra, a recém-criada força foi, inicialmente, composta pelos seguintes navios: Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul, Navios-Mineiros Carioca, Caravelas, Camaquã e Cabedelo (posteriormente reclassificados como corvetas) e os Caça-Submarinos Guaporé e Gurupi. Receberia ainda navios que acabavam de ser prontificados pelos estaleiros e várias escoltas anti-submarino cedidas pelos norte-americanos; constituindo-se na Força-Tarefa 46 da Força do Atlântico Sul, subordinada a 4ª Esquadra Norte-Americana, reunindo a Marinha brasileira com a Marinha dos Estados Unidos, que já lutava contra a ameaça submarina desde 1941. A atuação conjunta com os norte-americanos trouxe meios navais e armamentos mais adequados à guerra anti-submarina, proporcionando também o indispensável treinamento para o pessoal, habilitando-os a operarem navios modernos com meios de detecção pouco conhecidos até então, como o sonar.
O combate à ação submarina do Eixo foi intenso e exigiu sacrifícios dos que dele participaram. Foram 66 ataques de navios brasileiros a submarinos, registrados pelos próprios alemães. A ação prioritária para a Marinha do Brasil era a escolta dos comboios de navios mercantes, e nesta missão cada navio mercante que chegava ao seu porto de destino em segurança era uma vitória alcançada. Vitórias diárias e silenciosas, que não produziram manchetes nos jornais, mas mantiveram abertas as vias de comunicação marítima no Atlântico Sul, provendo os Aliados de materiais estratégicos essenciais para o esforço de guerra e mantendo a economia nacional abastecida.
Contudo, esta guerra cotidiana e silenciosa custou inúmeras vidas. As perdas brasileiras na guerra marítima somaram 30 navios mercantes e três navios de guerra. Dois destes últimos, o Bahia e o Camaquã compunham a FNNE. Nas operações navais na Segunda Guerra Mundial, a Marinha do Brasil perdeu 486 homens.
Em 7 de novembro de 1945, concluída a sua missão, a FNNE regressou ao Rio de Janeiro em seu último cruzeiro. A curta, árdua e intensa vida operativa da FNNE contribuiu para a livre circulação nas linhas de navegação do Atlântico Sul e em muito somou para a vitória final aliada sobre o Eixo.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
porte-aéronefs italien Cavour
Le porte-aéronefs Cavour crédits : MARINA MILITARE |
On notera que ce porte-aéronefs dispose également de capacités importantes en matière de transport de troupes. Deux rampes latérales donnent accès à un garage pouvant abriter 24 chars, ou 50 camions, ou 100 véhicules légers. Doté d'un poste de commandement de 1000 m², le Cavour peut embarquer un état-major de 150 personnes et jusqu'à 450 hommes de troupe. Son équipage est de 528 marins.
Le Cavour (© : MARINA MILITARE)
Le Cavour (© : MARINA MILITARE)
Le Cavour (© : MARINA MILITARE)
Avions Harrier II sur le Cavour (© : MARINA MILITARE)
Hélicoptère EH-101 Cavour (© : MARINA MILITARE)
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Submarinos franceses levam país para lugar de liderança no Atlântico Sul
Submarinos franceses levam país para lugar de liderança no Atlântico Sul
29.09.2008
Tanto autoridades militares brasileiras, com a imprensa do Brasil e da França noticiaram nos últimos dias qu o Brasil pretende adquirir um numero de submarinos derivados do modelo Scorpene de fabricação francesa.
O projecto de aumento da força brasileira de submarinos tem vindo a desenrolar-se ao longo dos últimos anos, com a marinha brasileira interessada em agir de forma a queimar etapas que permitam ao país o desenvolvimento do seu próprio submarino movido a energia nuclear.
A aquisição de submarinos do tipo Scorpene à França parece estar directamente relacionada com a entrada de tecnologia francesa no processo de desenvolvimento do Submarino Nuclear Brasileiro, um projecto que começou há praticamente 30 anos mas que tem sido continuamente adiado, quer por falta de condições politicas que por falta de recursos.
Os submarinos convencionais do tipo Scorpene que o Brasil vai contruir, vão permitir à industria brasileira dar um salto que até ao momento não conseguiu dar com a construção/montagem de submarinos alemães do tipo U-209, dos quais o país possui cinco unidades.
A marinha brasileira pretende com os Scorpene, uma maior autonomia na fabricação e manutenção dos submarinos e dos sistemas instalados a bordo quando comparada com a manutenção dos actuais submarinos e dos actuais sistemas embarcados.
Segundo os dados disponíveis, embora os submarinos Scorpene possam incorporar um sistema de propulsão independente do ar (conhecido como sistema MESMA), este sistema não deverá ser instalado, pois segundo as autoridades militares brasileiras, a necessidade de tal sistema é dispensável.
Já anteriormente o Brasil tinha entrado em negociações com a Alemanha para a compra de submarinos do tipo U-214, mas embora os brasileiros tenham afirmado que o U-214 não teriam sistema AIP, fontes na Alemanha asseguram que a possibilidade de ser construído um U-214 sem AIP não faria qualquer sentido, porque o submarino teria que ser redesenhado para remover um sistema que foi desenhado para estar integrado com o navio.
Este problema não se coloca com o submarino francês, pois desde o inicio as características dos sistema AIP MESMA, permitem a instalação futura do sistema, numa operação que inclui o corte do submarino para acrescentar aquele sistema.
A marinha brasileira está equipada e tem técnicos à altura de efetuar este tipo de modificação sem qualquer tipo de dependência exterior.
O sistema AIP MESMA é normalmente considerado inferior ao sistema de Células de Combujstível dos novos submarinos alemães como o U-212 dos anos 90 e o mais recente U-214 que ainda está em testes de aprovação.
Os franceses parecem ter reconhecido este problema, pelo que têm neste momento em estudo e desenvolvimento um novo sistema, que embora se baseie no mesmo conceito, deverá ser menos ruidoso (um dos problemas apontados aos sistema MESMA) embora continue a ter que enfrentar o problema da geração de calor.
Submarino nuclear
A opção francesa dos brasileiros, parece estar directamente relacionada com a abertura por parte da França, em apoiar o Brasil na construção do seu próprio submarino nuclear.
Embora a cooperação não esteja directamente relacionada com o reactor nuclear propriamente dito - que já foi desenvolvido pelo Brasil – os franceses vão prestar auxilio de grande importância no desenho, concepção, adaptação e construção de sistemas auxiliares e também vão colaborar aproveitar os conhecimentos da França na construção de submarinos nucleares de pequenas dimensões.
Existe neste momento alguma dúvida relativamente às especificações e dimensões do futuro submarino nuclar brasileiro, que se prendem com a potência disponível do reactor e a velocidade máxima que o submarino pode atingir.
A velocidade máxima e a autonomia de um submarino nuclear são um dos principais factores que determinam e definem a utilidade e valor militar de um submarino nuclear de ataque.
Embora os franceses tenham afirmado que o futuro submarino nuclear terá um deslocamento inferior a 3000 toneladas, outras fontes, tendo como base projecções anteriores, afirmam que o submarino brasileiro ultrapassará o deslocamento de 5000 toneladas em imersão.
Presentemente, o plano de construção de um submarino nuclear para o Brasil é apenas uma questão de afirmação patriótica e não representa uma resposta a qualquer necessidade militar efectiva. embora vários argumentos tenham sido apresentados em favor da sua construção.
Entre esses argumentos encontra-se o de os actuais membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas todos terem este tipo de arma. No entanto, a eventual entrada do Brasil naquele conselho, com o estatuto permanente, implicaria também a entrada de países como o Japão, que possuindo poderosas forças armadas, não têm navios nucleares. Também a reconstituição da 4ª esquadra norte-americana, tem sido apresentada como razão.
No entanto, embora a pretensão brasileira seja acima de tudo de cariz política, outros países também prosseguem os seu programas de desenvolvimento de submarinos nucleares, como é o caso da Índia, país que negociou a aquisição de dois submarinos nucleares do tipo AKULA e que aparentemente se prepara para construir o seu próprio derivado daquele submarino de origem russa.
Não há dados concretos sobre os custos dos submarino nuclear brasileiro, mas embora os custos do projecto tenham sido normalmente apresentados como baixos, recentemente o custo da construção de um único submarino deverá atingir 1200 milhões de Dolares.
Porém, considerando os custos do programa de submarinos nucleares francês, que embora muito maior inevitavelmente influenciará o projecto brasileiro, dificilmente cada unidade ficará por um custo inferior a 2.000 milhões, a preços de 2008.
A força militar brasileira no Atlântico Sul, atingirá com estas incorporações, um poder que não tinha desde o inicio do século,quando foram adquiridos os dois couraçados da classe Minas Geraes.
fonte: http://www.areamili