O GT composto pela Corveta Barroso (V-34) e o Navio Tanque Gastão Motta (G-23) chegou ao porto da capital angolana na sexta-feira, 25 de junho às 9:00 da manhã. Esta é segunda parada da sua viagem à costa oeste da África. Os dois navios brasileiros deixaram Walvis Bay, na Namíbia, na manhã da segunda-feira, dia 21. Esta comissão é, simultaneamente, a primeira viagem da Barroso ao exterior e também sua primeira viagem de longa duração para fora do Rio de Janeiro. Antes de vir para cá o Gastão Motta acompanhava os navios da MB que participavam do exercício Fraterno ao largo da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. No final desta comissão ele cruzou o Atlântico para poder encontrar a Cv Barroso em Walvis Bay. Ambos os navios deverão visitar juntos Luanda, Malabo (Guiné Equatorial), São Tomé, Lagos (Nigéria) e Accra (Gana). A parada na cidade de Praia, que seria a parada final desta importante viagem, em Cabo Verde, acabou sendo cancelado na última hora.
Cada um destes países visitados representa um potencial parceiro para o Brasil, na área naval, no continente africano. Na Namíbia a passagem dos navios brasileiros gerou muito interesse dos locais inclusive com a visita à Barroso do Almirante Nghipandua da marinha local. A Emgepron, empresa responsável por ofertar os serviços e os produtos da Marinha do Brasil pelo mundo, montou um display dentro do hangar da Barroso, exibindo todos os produtos e serviços que a empresa oferece. A ênfase maior deste esforço comercial está, como se é de esperar, nos Navios Patrulha de 200 toneladas (Classe Grajaú), nos novos navios de 500 toneladas (Classe Macaé) e até mesmo em novas unidades de corvetas da Classe Barroso.
A Corveta Barroso é o navio mais recente da Marinha do Brasil e, passo a passo, vem revelando um leque boas surpresas. Por exemplo, os onze dias do cruzamento do Atlântico serviram para que o Departamento de Máquinas do navio pudesse experimentar diversas combinações de motorização e de potência. Estes testes indicaram que a configuração mais econômica seria usando apenas um dos motores diesel e operando a uma carga de 55% do máximo. O navio com esta configuração apresenta uma autonomia máxima de 18 dias com seus tanques de óleo cheios. Este número impressionou a todos por ser quase o dobro do parâmetro de referencia previsto para esta nova classe.
Na próxima edição do BaseMilitar Web Magazine, nosso correspondente embarcado na Barroso contará, com exclusividade e com todos os detalhes, tudo que ocorreu entre as paradas de Walvis Bay e São Tomé. Fiquem antenados!