Comemoração: Saída da corte para o Brasil
Marinha [DE PORTUGAL] está confiante
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Conforme referiu o CEMA no seu discurso, há 200 anos a “Armada contava com 65 navios oceânicos e um efectivo em pessoal embarcado de cerca de 20 mil homens”. “Foi este vasto conjunto de meios navais que permitiu montar a maior operação logística jamais realizada em Portugal”, sublinhou. Actualmente, regista-se um cenário muito diferente. Apenas 11 mil militares integram a Marinha, que conta também com 39 navios, cinco helicópteros e um submarino. De acordo com a Lei de Programação Militar (LPM), a Marinha aguarda receber duas fragatas holandesas (a primeira deverá ser entregue em 2008 e a segunda em 2009) dois submarinos e quatro navios de patrulha oceânicos. Por isso, Melo Gomes mostrou-se confiante que “no futuro, com o investimento previsto, voltaremos a ter capacidade para operações de grande envergadura”. A Torre de Belém, que há dois séculos assistiu à partida da Família Real para o Brasil, para fugir à invasão das tropas francesas de Napoleão Bonaparte, foi o cenário escolhido ontem para evocar o momento. Os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, assim como as chefias militares, assistiram à cerimónia comemorativa, com as armadas portuguesa e brasileira. NOTAS SOLTAS UNIFORMES Um força de fuzileiros representou ontem as brigadas reais de Portugal e do Brasil, vestidos de acordo com os uniformes usados pelos militares à data da partida da Família Real portuguesa para o Brasil. BRASIL A Armada brasileira fez questão de participar ontem na cerimónia comemorativa do bicentenário da partida da Família Real para o Brasil. Por isso, enviou a fragata ‘Niterói’ e uma equipa de cerca de 200 elementos. O Chefe do Estado-Maior da Armada portuguesa, almirante Melo Gomes, agradeceu a “representação tão distinta” da Marinha brasileira. CONDECORAÇÕES Os Estandartes do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil e do Comando do Corpo de Fuzileiros de Portugal foram ontem condecorados. Já no desfile participaram a Banda da Armada, o Bloco de Estandartes Nacionais, o Colégio Militar e a Escola Naval e o Batalhão de Fuzileiros. SAIBA MAIS 1807 foi a ano em que D. João decidiu partir para o Brasil para escapar à invasão napoleónica. Na viagem, que durou três meses, a Família Real foi acompanhada pelos nobres, políticos e pela elite social e cultural. 16 mil pessoas estiveram envolvidas no embarque e na viagem da Família Real para o Brasil, além de uma enorme quantidade de bens. Napoleão O imperador francês Napoleão Bonaparte esteve no poder da França durante 15 anos, tendo conquistado boa parte do continente europeu durante esse tempo. REGRESSO Em fevereiro de 1821, as tropas portuguesas nos quartéis do Rio de Janeiro amotinaram-se, e exigiram que D. João VI retornasse a Portugal, o que veio a acontecer dois meses mais tarde. BRASIL A 7 de Setembro de 1822, o príncipe Pedro declara a independência do Brasil. MOMENTOS DO JOGO O chefe de Estado- -Maior da Armada, almirante Melo Gomes, sublinhou ontem a importância do mar para o de-senvolvimento do País e lembrou o ministro Severiano Teixeira da necessidade de investir nos recursos da Marinha. Para a cerimónia comemorativa do bicentenário da partida da Família Real para o Brasil, estiveram fundeados no Tejo, frente à Torre de Belém, a fragata portuguesa ‘Álvares Cabral, o navio ‘Creoula’ e a fragata ‘Niterói’ da Marinha do Brasil. Os membros da Associação Napoleónica portuguesa vestiram-se ontem a rigor para recriar, nos jardins de Belém, uma batalha da época. Foram dezenas os elementos que participaram nesta iniciativa. |