ALERTA foi acionado e as providencias?
SINAL DE ALERTA
Do alto de suas responsabilidades, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Roberto
Os trechos abaixo foram pinçados de seu artigo A AMAZONIA AZUL em que nos mostra que devemos nos preocupar também com nossas riquezas marítimas que na atualidade , fornecem os recursos para nossa sobrevivência econômica. No mundo conturbado em que vivemos ,de escassez de combustíveis fósseis, nossas águas são tão importantes quanto o verde da AMAZONIA LEGAL.
“Toda riqueza acaba por se tornar objeto de cobiça, impondo ao detentor o ônus da proteção”. Tratando-se de recursos naturais, a questão adquire conotações de soberania nacional, envolvendo políticas adequadas, que não se limitam a, mas incluem, necessariamente, a defesa daqueles recursos.
O petróleo é uma das grandes riquezas da nossa "Amazônia Azul". No limiar da auto-suficiência, o Brasil prospecta, no mar, mais de 80% do seu petróleo, o que, em números, significa algo na ordem de 2 milhões de barris por dia. Com as cotações vigentes, é dali extraído, anualmente, um valor aproximado de US$ 22 bilhões (hoje muito mais com o preço internacional do barril beirando o valor de 40 dólares). Novamente, não é só o valor financeiro que conta. Privados desse petróleo, a decorrente crise energética e de insumos paralisaria, em pouco tempo, o país.
Na "Amazônia azul", os limites das nossas águas jurisdicionais são linhas sobre o mar. Elas não existem, fisicamente. O que as define é a existência de navios patrulhando-as, controlando- as ou realizando ações de presença. Para tal, a Marinha tem que ter meios, e há que se ter em mente que, como dizia
Para que, em futuro próximo, se possa dispor de uma estrutura capaz de fazer valer nossos direitos no mar, é preciso que sejam delineadas e implementadas políticas para exploração racional e sustentada das riquezas da nossa "Amazônia Azul", bem como que sejam alocados os meios necessários para a vigilância e a proteção dos interesses do Brasil no mar".
Palavras sensatas e responsáveis que infelizmente ainda não sensibilizaram aqueles que regem os destinos do País. O que estão esperando ? Depois da porta arrombada muito pouco sobrará de nossa pobre nação ,privada do principal produto de sobrevivência social e econômica , o petróleo extraído do fundo do mar.
Na atualidade vivemos perplexos com noticias das atividades de grupos terroristas ,em todas as regiões do mundo , A atual dependência do mundo Ocidental nos recursos petrolíferos e de gás natural ,torna suas instalações ,todas elas ,fixas ou móveis, alvos atraentes do terrorismo internacional. Os grupos terroristas sempre se basearam nos benefícios políticos e econômicos em atacar estes recursos estratégicos.Além de contribuir para a instabilidade econômica, a indústria de energia foi mirada como um símbolo de resistência aos governos nacionais, e como meios de pressão sobre corporações multinacionais com estratégico interesse em gás e óleo de regiões produtoras.
O terrorismo internacional não se contenta somente em atacar interesses econômicos de grandes grupos internacionais , sempre foi e sempre será uma ameaça aos interesses considerados como patrimônio estratégico de todos os paises, quer se oponham ou não aos seus interesses. O terrorismo é insano.O Brasil viveu ,durante séculos, livre da sanha desses malfeitores. Os tempos modernos trouxeram , à crista dos acontecimentos, grupos terroristas radicais ,bem organizados e armados capazes de infligir sérios danos aos seus alvos , quer sejam empresas quer sejam nações.
Por nossa quase auto suficiência em petróleo ,com nossas áreas de extração altamente vulneráveis , oferecemos um vasto campo para uma série de ações terroristas , capazes de interromper nossa produção causando danos incontornáveis a nossa economia
Indefesas ,nossas plataformas de extração,no meio do oceano,longe de nossas costas ,onde extraímos mais de 80 % de nosso petróleo, se encontram a mercê de qualquer tipo de inimigos, inimigos terroristas,inimigos econômicos e inimigos gratuitos prontos para infligir os danos que atendam a seus desígnios.
O que fazer e como fazer para ,pelo menos,diminuir nossas fraquezas. A situação econômico-financeira não permite estabelecer o ideal , áreas totalmente protegidas ,com sistemas integrados aos sistemas de controle de nossa Marinha, com modernos equipamentos de detecção e de comunicações, com utilização dos serviços de satélites provendo uma vigilância e defesa efetiva de nossas bacias petrolíferas. . O que fazer então ? Planejar a defesa de nossas áreas de prospecção e implantá-la à medida que os recursos se tornarem disponíveis. Então se deve pensar em meios pontuais que modularmente serão inseridos nos sistemas maiores quando os recursos se tornarem disponíveis ,alem de liberar a utilização dos recursos dos “Royalties” do petróleo que constitucionalmente lhes são destinados para que a Marinha adquira meios para efetivamente proporcionar a proteção devida.
O sinal de alerta foi acionado , não podemos mais ficar parados esperando o acontecer . Não pode a Petrobras ,detentora da exploração de nosso petróleo, líder mundial em detecção em águas profundas nem a ANP a agência reguladora de nossos assuntos petrolíferos ficarem inertes esperando o acontecer.