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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

SINAL DE ALERTA

"O terrorismo internacional não se contenta somente em atacar interesses econômicos de grandes grupos internacionais , sempre foi e sempre será uma ameaça aos interesses considerados como patrimônio estratégico de todos os paises, quer se oponham ou não aos seus interesses" . o SINAL DE
ALERTA foi acionado e as providencias?


SINAL DE ALERTA

Do alto de suas responsabilidades, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, chamou a atenção das autoridades e do povo brasileiro para a sua justa preocupação com a defesa de nossas riquezas marítimas e frisa a necessidade de meios para vigilância e proteção dos interesses do Brasil no mar

Os trechos abaixo foram pinçados de seu artigo A AMAZONIA AZUL em que nos mostra que devemos nos preocupar também com nossas riquezas marítimas que na atualidade , fornecem os recursos para nossa sobrevivência econômica. No mundo conturbado em que vivemos ,de escassez de combustíveis fósseis, nossas águas são tão importantes quanto o verde da AMAZONIA LEGAL.

“Toda riqueza acaba por se tornar objeto de cobiça, impondo ao detentor o ônus da proteção”. Tratando-se de recursos naturais, a questão adquire conotações de soberania nacional, envolvendo políticas adequadas, que não se limitam a, mas incluem, necessariamente, a defesa daqueles recursos.

O petróleo é uma das grandes riquezas da nossa "Amazônia Azul". No limiar da auto-suficiência, o Brasil prospecta, no mar, mais de 80% do seu petróleo, o que, em números, significa algo na ordem de 2 milhões de barris por dia. Com as cotações vigentes, é dali extraído, anualmente, um valor aproximado de US$ 22 bilhões (hoje muito mais com o preço internacional do barril beirando o valor de 40 dólares). Novamente, não é só o valor financeiro que conta. Privados desse petróleo, a decorrente crise energética e de insumos paralisaria, em pouco tempo, o país.

Na "Amazônia azul", os limites das nossas águas jurisdicionais são linhas sobre o mar. Elas não existem, fisicamente. O que as define é a existência de navios patrulhando-as, controlando- as ou realizando ações de presença. Para tal, a Marinha tem que ter meios, e há que se ter em mente que, como dizia Rui Barbosa, esquadras não se improvisam.

Para que, em futuro próximo, se possa dispor de uma estrutura capaz de fazer valer nossos direitos no mar, é preciso que sejam delineadas e implementadas políticas para exploração racional e sustentada das riquezas da nossa "Amazônia Azul", bem como que sejam alocados os meios necessários para a vigilância e a proteção dos interesses do Brasil no mar".

Palavras sensatas e responsáveis que infelizmente ainda não sensibilizaram aqueles que regem os destinos do País. O que estão esperando ? Depois da porta arrombada muito pouco sobrará de nossa pobre nação ,privada do principal produto de sobrevivência social e econômica , o petróleo extraído do fundo do mar.

Na atualidade vivemos perplexos com noticias das atividades de grupos terroristas ,em todas as regiões do mundo , A atual dependência do mundo Ocidental nos recursos petrolíferos e de gás natural ,torna suas instalações ,todas elas ,fixas ou móveis, alvos atraentes do terrorismo internacional. Os grupos terroristas sempre se basearam nos benefícios políticos e econômicos em atacar estes recursos estratégicos.Além de contribuir para a instabilidade econômica, a indústria de energia foi mirada como um símbolo de resistência aos governos nacionais, e como meios de pressão sobre corporações multinacionais com estratégico interesse em gás e óleo de regiões produtoras.

O terrorismo internacional não se contenta somente em atacar interesses econômicos de grandes grupos internacionais , sempre foi e sempre será uma ameaça aos interesses considerados como patrimônio estratégico de todos os paises, quer se oponham ou não aos seus interesses. O terrorismo é insano.O Brasil viveu ,durante séculos, livre da sanha desses malfeitores. Os tempos modernos trouxeram , à crista dos acontecimentos, grupos terroristas radicais ,bem organizados e armados capazes de infligir sérios danos aos seus alvos , quer sejam empresas quer sejam nações.

Por nossa quase auto suficiência em petróleo ,com nossas áreas de extração altamente vulneráveis , oferecemos um vasto campo para uma série de ações terroristas , capazes de interromper nossa produção causando danos incontornáveis a nossa economia

Indefesas ,nossas plataformas de extração,no meio do oceano,longe de nossas costas ,onde extraímos mais de 80 % de nosso petróleo, se encontram a mercê de qualquer tipo de inimigos, inimigos terroristas,inimigos econômicos e inimigos gratuitos prontos para infligir os danos que atendam a seus desígnios.

O que fazer e como fazer para ,pelo menos,diminuir nossas fraquezas. A situação econômico-financeira não permite estabelecer o ideal , áreas totalmente protegidas ,com sistemas integrados aos sistemas de controle de nossa Marinha, com modernos equipamentos de detecção e de comunicações, com utilização dos serviços de satélites provendo uma vigilância e defesa efetiva de nossas bacias petrolíferas. . O que fazer então ? Planejar a defesa de nossas áreas de prospecção e implantá-la à medida que os recursos se tornarem disponíveis. Então se deve pensar em meios pontuais que modularmente serão inseridos nos sistemas maiores quando os recursos se tornarem disponíveis ,alem de liberar a utilização dos recursos dos “Royalties” do petróleo que constitucionalmente lhes são destinados para que a Marinha adquira meios para efetivamente proporcionar a proteção devida.

O sinal de alerta foi acionado , não podemos mais ficar parados esperando o acontecer . Não pode a Petrobras ,detentora da exploração de nosso petróleo, líder mundial em detecção em águas profundas nem a ANP a agência reguladora de nossos assuntos petrolíferos ficarem inertes esperando o acontecer.

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