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domingo, 13 de dezembro de 2009

NPa Macaé é incorporado à Marinha do Brasil

P 70 NaPa MACAÉ


12 de Dezembro de 2009

Navio incorporado amplia a capacidade de fiscalização da Marinha nas águas jurisdicionais brasileiras.
A incorporação do Navio-Patrulha (NPa) “Macaé”, ocorrida no dia 9 de dezembro, nas instalações da Indústria Naval do Ceará S.A. (INACE), em Fortaleza (CE), marca o início da atuação de uma nova classe de navios da Marinha do Brasil - os Navios-Patrulha de 500 toneladas - cujo objetivo é defender o patrimônio brasileiro no mar, onde participará de atividades de patrulha, inspeção naval, salvaguarda da vida humana no mar, fiscalização de poluição marítima e proteção de campos petrolíferos, além de contribuir para a segurança do tráfego marítimo nacional.

O navio é dotado de um canhão de 40mm, duas metralhadoras de 20mm, dois motores de propulsão, três geradores de energia e equipamentos de comunicação que permitem estar em contínuo contato com os demais navios e organizações da Marinha. Desenvolve velocidade máxima de 21 nós, possui a capacidade de permanência de 10 dias no mar com um raio de ação de mais de 4.500 Km.

Seu nome é uma homenagem à cidade do litoral do Estado do Rio de Janeiro, importante pólo de apoio à exploração marítima de petróleo no Brasil. O início da sua construção, simbolizado pelo batimento de quilha, foi realizado no dia 24 de novembro de 2006.

Um segundo navio, também em construção na INACE, será incorporado em 2010. Outros quatro estão em construção no Rio de Janeiro e serão recebidos a partir de 2012. No total, serão 27 navios desta classe que traz evidentes benefícios estratégicos e operacionais, tais como:

- A intensificação da ação de presença, vigilância, proteção e defesa das áreas onde se encontram as instalações marítimas de pesquisa e exploração de petróleo e gás, que se estende até a Zona Econômica Exclusiva de 200 milhas (cerca de 370 Km do litoral);

- A contribuição para a formação de uma Indústria Nacional de Defesa com uma capacidade autônoma, pela produção nacional de navios de guerra e pelo desenvolvimento, no País, de uma cadeia logística de reparos e suprimentos independentes (peças de reposição e serviços especializados);

- O aumento da capacidade de Socorro e Salvamento nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB);

- A potencialização da capacidade de patrulha marítima, com o emprego coordenado dos NPa na fiscalização do cumprimento das leis e regulamentos nas AJB; e

- O aumento do poder de dissuasão da Marinha do Brasil, no combate a crimes transnacionais, pela combinação dos fatores acima mencionados.

O NPa “Macaé” representa, também, a incorporação de desenvolvimentos tecnológicos e melhorias no desempenho do navio e a busca da nacionalização na execução do projeto, sendo alcançado um índice de 60%. Entre os modernos sistemas nacionalizados, cujo elevado grau de complexidade agregam tecnologia de ponta ao setor industrial associado, destacam-se:

- O Sistema de Controle e Monitoramento de Máquinas (SCM); e
- O Terminal Tático Inteligente (TTI).

A cerimônia

A cerimônia de Batismo e Incorporação à Armada contou com as presenças do Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto; do Almirante-de-Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho (Ex-Comandante da Marinha); do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante-de-Esquadra Alvaro Luiz Pinto; do Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Marcus Vinicius Oliveira dos Santos; e do Comandante do 3º Distrito Naval, Vice-Almirante Edison Lawrence Mariath Dantas, entre outros.

De acordo com a tradição naval, finalizada a construção, o navio é lançado ao mar em uma cerimônia. Nessa ocasião, o navio é batizado por uma madrinha e recebe seu nome oficial, sendo este costume marcado com a quebra, em seu costado, de uma garrafa de champanhe, que representa sorte à vida do navio. O NPa “Macaé” foi batizado pela senhora Ângela Maria de Sousa da Silveira Carvalho, esposa do Almirante-de-Esquadra Guimarães Carvalho.

m seguida, foi arriada a bandeira da INACE, simbolizando a prontificação do navio e o embarque da tripulação. Entende-se por Recebimento o conjunto de atividades desenvolvidas pelo grupo de Oficiais e Praças designados para compor a primeira tripulação, com o propósito de capacitar-se a operá-lo e mantê-lo. O Grupo de Recebimento iniciou sua formação no dia 2 de fevereiro de 2009, com uma tripulação de quatro Oficiais e trinta Praças. Desde então, o grupo acompanhou a instalação dos diversos equipamentos do navio e participou de cursos e adestramentos.

Foi lida a Portaria do Comandante da Marinha, alusiva à incorporação à Armada seguida da Ordem do Dia do Chefe do Estado-Maior da Armada. Após, foi realizado o primeiro Cerimonial à Bandeira a bordo, onde foi içado o Pavilhão Nacional na popa e no mastro principal e a Bandeira do Cruzeiro na proa. O NPa “Graúna”, fundeado próximo ao local do evento, saudou, com três apitos longos, a incorporação do NPa “Macaé”.

Chefe do Estado-Maior da Armada deu posse ao primeiro Comandante do navio, Capitão-de-Corveta Marcio Gonçalves Martins Assumpção Taveira, e naquele momento, foi içada, no mastro principal, a flâmula de Comando. Cumprindo o cerimonial, o Comandante foi recebido, pela primeira vez a bordo, pelo Imediato do navio.

Em seguida, as autoridades presentes embarcaram no NPa “Macaé” onde assinaram o Termo de Armamento e o Livro do Navio.

A cerimônia foi acompanhada por cerca de 120 presentes, dentre os quais diversas autoridades e personalidades locais.

Fonte: Marinha do Brasil