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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A dinâmica do balanço estratégico :: Mario Cesar Flores

A dinâmica do balanço estratégico :: Mario Cesar Flores

O custo militar do mundo tem subido ano a ano, depois da guerra
fria. Em 2006 (os dados de 2007 são inconclusos) as participações
mais expressivas no total global em torno de US$ 1,2 trilhão foram
dos EUA, cerca de 45% (praticamente a soma dos dez orçamentos
seguintes), Inglaterra, França, China, Japão, Alemanha, Rússia,
Itália, Arábia Saudita, Índia e Coréia do Sul, com participações de
5% a 2%. Destacaram-se na importação de armas Paquistão, Índia,
Arábia, Israel e Venezuela. A China produz o que precisa e está na
lista dos provedores: EUA (importante para Paquistão e Israel),
Rússia (Índia e Venezuela), Inglaterra, França e China (para o
Paquistão, visto como contrapeso à Índia). EUA e Rússia respondem
por mais da metade desse comércio.

À parte os EUA, superpotência global não comparável, vejamos as
configurações do preparo militar, sinalizadoras de preocupações e
intenções - em particular as das Marinhas, que bem refletem o
propósito: defensivo ou para atuação distante. Comecemos pela China,
cujo orçamento militar, a seguir aumentando como nos últimos anos,
logo será o segundo do mundo (o da Índia também tem crescido, embora
menos, o do Japão tem permanecido estável e os europeus diminuíram,
exceto o russo).

Além do seu desenvolvimento nuclear, e em coerência com sua tradição
continental-

regional, que enfatiza o Exército e a Força Aérea, a
China vem procurando melhorar sua Marinha, embora aparente
reconhecer que Taiwan não tem solução pela força enquanto implicar
confronto com os EUA. A intenção parece ser o poder supra-regional,
consoante com sua condição de potência e ator econômico global,
similar à da Alemanha de Guilherme II, que pretendeu uma Marinha à
altura da sua hierarquia global. Além de ampliar a Marinha
defensiva, a China desenvolve a arma aeronaval, que, mais do que na
defesa, faz sentido em águas distantes. Em médio prazo, no Mar do
Sul da China (de potencial petrolífero) e no Índico, inserido na
presença chinesa na África e no trânsito do petróleo do Oriente
Médio. A persistir a evolução atual, em 15 a 20 anos a China poderá
ser a segunda potência naval do mundo - terceira se a Rússia tiver
sucesso na "segunda época" naval pós-malogro soviético.

A Índia procura obter um porta-aviões russo, com vista ao
macrocenário estratégico do Índico, que afeta sua segurança. Mas seu
preparo sugere, de fato, preocupação com a defesa do país e seus
interesses no seu entorno, sua soberania e integridade, sem
propensão ambiciosa. Além da modernização do Exército e da Força
Aérea e do desenvolvimento nuclear, "de olho" na China e no
Paquistão, a Índia enfatiza a arma submarina - inclusive o submarino
que integrará seu poder nuclear. Negocia um submarino nuclear russo,
para familiarização prévia à construção dos seus, com apoio russo.

Inexistindo razão que exija enérgica ação norte-americana, em breve
a Índia compartilhará (ou disputará...) com a China o protagonismo
no Índico, extensivo a duas áreas críticas: os Estreitos de Ormuz
(ligação Índico-Golfo Pérsico, saída do petróleo do Golfo, onde
realça o problemático Irã) e de Malaca (ligação Índico-Pacífico,
entre Indonésia e Malásia/Cingapura, por onde passam 80% do óleo
importado pela China - e proporção similar pelo Japão; a China
constrói oleoduto em Mianmar, do Índico ao seu território,
alternativa para o estreito).

O Japão, condicionado por sua Constituição do fim da 2ª Guerra
Mundial, ao menos na retórica um tanto incoerente com seu orçamento
militar, vem tendo seu preparo parametrado pela defesa, atenta em
anos recentes à hipotética ameaça da Coréia do Norte. É crescente a
participação da Marinha, mas sua configuração até agora não incluiu
a arma aeronaval para atuação distante, praticada pelo Japão na 2ª
Guerra Mundial. Com a flexibilização da cláusula constitucional
restritiva - que ocorrerá -, é improvável que isso continue assim.

A par de seu projeto nuclear de contraposição à Índia, o Paquistão,
apoiado pelos EUA, reforça sua Força Aérea e sobretudo seu Exército,
por força da proximidade do turbulento Afeganistão, do contencioso
da Caxemira e da segurança interna. Indonésia e as Coréias também
aplicam recursos vultosos no preparo militar, mas pesam pouco em
face de China, Japão, Índia e Paquistão. Salvo a incógnita nuclear,
o poder militar da Coréia do Norte é visto por alguns analistas como
a figuração burlesca inerente ao seu regime.

Diferente da Ásia (Pacífico e Índico) e salvo a Rússia, que está
recobrando o recuo dos 1990, a Europa, cujos orçamentos militares
têm sofrido constrições sistemáticas, parece viver uma crise
existencial na política de poder global, resignada à impotência ou
secundariedade além de suas proximidades - se não até nela, como
ocorreu na questão dos Bálcãs nos 1990, conduzida pela Otan sob
controle norte-americano. A França dispõe de um porta-aviões médio e
a Inglaterra, dois, menores, que operaram aviões V-Stol - o que
limita sua eficácia à atuação contra potências secundárias (foi esse
o caso das Malvinas, em 1982).

Realmente, desde o infeliz evento no Suez em 1956, a Europa vem
abdicando para os EUA dos cuidados com o mundo, que foram seus por
quatro séculos - abdicação já consagrada na Ásia e em sua periferia,
embora ainda não tanto em termos de missões humanitárias na África
ex-colônias. Em situações distantes e graves a Europa só pode ser
coadjuvante militar dos EUA - uma conjuntura mutável se a União
Européia chegasse a políticas externa e de defesa comuns, exigentes
de compromissos que, sem clara ameaça comum, são mais difíceis que
os da união econômica.

Enfim, EUA à parte, o Ocidente (Europa, ressalvada a Rússia) se
retrai no balanço estratégico global e, em harmonia com sua
economia, ascende nele o Oriente (Ásia - Pacífico e Índico).

A América do Sul não afeta esse balanço, embora existam sintomas
petrodolarizados de devaneios bolivarianos com intenção de perturbá-
lo...

Mario Cesar Flores é almirante-de-esquadra (reformado)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007


Comemoração: Saída da corte para o Brasil

Marinha [DE PORTUGAL] está confiante

Vitor Mota
A cerimónia militar das armadas portuguesa e brasileira decorreu ontem junto à Torre de Belém
A cerimónia militar das armadas portuguesa e brasileira decorreu ontem junto à Torre de Belém
Se a viagem da Família Real para o Brasil em 1807 tivesse de acontecer nos dias de hoje, a Marinha não teria meios suficientes para realizar um feito daquela envergadura. Esta foi a mensagem deixada ontem pelo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Melo Gomes, num claro recado ao Governo para a necessidade de investir na Marinha.

“Os acontecimentos vividos neste local há dois séculos são suficientemente elucidativos de que uma Marinha não se pode improvisar e que a sua utilidade para o Estado deriva da simples razão de existir (...). Não fora o investimento nos trinta anos que antecederam os acontecimentos que hoje celebramos, talvez a situação actual fosse substancialmente diferente...”, afirmou ontem Melo Gomes durante a cerimónia militar comemorativa do bicentenário da partida da Família Real para o Brasil.

Conforme referiu o CEMA no seu discurso, há 200 anos a “Armada contava com 65 navios oceânicos e um efectivo em pessoal embarcado de cerca de 20 mil homens”. “Foi este vasto conjunto de meios navais que permitiu montar a maior operação logística jamais realizada em Portugal”, sublinhou.

Actualmente, regista-se um cenário muito diferente. Apenas 11 mil militares integram a Marinha, que conta também com 39 navios, cinco helicópteros e um submarino.

De acordo com a Lei de Programação Militar (LPM), a Marinha aguarda receber duas fragatas holandesas (a primeira deverá ser entregue em 2008 e a segunda em 2009) dois submarinos e quatro navios de patrulha oceânicos. Por isso, Melo Gomes mostrou-se confiante que “no futuro, com o investimento previsto, voltaremos a ter capacidade para operações de grande envergadura”.

A Torre de Belém, que há dois séculos assistiu à partida da Família Real para o Brasil, para fugir à invasão das tropas francesas de Napoleão Bonaparte, foi o cenário escolhido ontem para evocar o momento. Os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, assim como as chefias militares, assistiram à cerimónia comemorativa, com as armadas portuguesa e brasileira.

NOTAS SOLTAS

UNIFORMES

Um força de fuzileiros representou ontem as brigadas reais de Portugal e do Brasil, vestidos de acordo com os uniformes usados pelos militares à data da partida da Família Real portuguesa para o Brasil.

BRASIL

A Armada brasileira fez questão de participar ontem na cerimónia comemorativa do bicentenário da partida da Família Real para o Brasil. Por isso, enviou a fragata ‘Niterói’ e uma equipa de cerca de 200 elementos. O Chefe do Estado-Maior da Armada portuguesa, almirante Melo Gomes, agradeceu a “representação tão distinta” da Marinha brasileira.

CONDECORAÇÕES

Os Estandartes do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil e do Comando do Corpo de Fuzileiros de Portugal foram ontem condecorados. Já no desfile participaram a Banda da Armada, o Bloco de Estandartes Nacionais, o Colégio Militar e a Escola Naval e o Batalhão de Fuzileiros.

SAIBA MAIS

1807 foi a ano em que D. João decidiu partir para o Brasil para escapar à invasão napoleónica. Na viagem, que durou três meses, a Família Real foi acompanhada pelos nobres, políticos e pela elite social e cultural.

16 mil pessoas estiveram envolvidas no embarque e na viagem da Família Real para o Brasil, além de uma enorme quantidade de bens.

Napoleão O imperador francês Napoleão Bonaparte esteve no poder da França durante 15 anos, tendo conquistado boa parte do continente europeu durante esse tempo.

REGRESSO

Em fevereiro de 1821, as tropas portuguesas nos quartéis do Rio de Janeiro amotinaram-se, e exigiram que D. João VI retornasse a Portugal, o que veio a acontecer dois meses mais tarde.

BRASIL

A 7 de Setembro de 1822, o príncipe Pedro declara a independência do Brasil.

MOMENTOS DO JOGO

O chefe de Estado- -Maior da Armada, almirante Melo Gomes, sublinhou ontem a importância do mar para o de-senvolvimento do País e lembrou o ministro Severiano Teixeira da necessidade de investir nos recursos da Marinha.

Para a cerimónia comemorativa do bicentenário da partida da Família Real para o Brasil, estiveram fundeados no Tejo, frente à Torre de Belém, a fragata portuguesa ‘Álvares Cabral, o navio ‘Creoula’ e a fragata ‘Niterói’ da Marinha do Brasil.

Os membros da Associação Napoleónica portuguesa vestiram-se ontem a rigor para recriar, nos jardins de Belém, uma batalha da época. Foram dezenas os elementos que participaram nesta iniciativa.

domingo, 25 de novembro de 2007

NApOC Ary Rongel o primeiro a chegar na area do naufrágio


NApOC Ary Rongel o primeiro a chegar na area do naufrágio

Passe o mouse sobre as fotos e veja as legendas.
Esquilo Bi Turbina do HU-1, aeronave orgânica do NApOc Ary Rongel e que foi a primeira a chegar ao local do naufrágio, vetorando os navios mais próximos para o resgate dos passageiros
NApOc Ary Rongel em foto tirada quando na Argentina há poucas semanas atrás
Foto do Explorer tirada pouco antes de seu naufrágio

Ao contrário do divulgado pela mídia mundial, na realidade, o primeiro navio que chegou à área do sinistro foi o NApOc ARY RONGEL da Marinha do Brasil , através de sua aeronave orgânica, um Esquilo Bi-Turbina do HU-1. Ao chegar na área, a aeronave vetorou os navios ENDEAVOUR (National Geografic) e NORD NORGE, para o local onde estavam concentradas as balsas. Além disso, a simples presença de uma aeronave já transmitia conforto e segurança ao náufragos, pois os induziram a acreditar que o resgate estava próximo, por vir.
O NApOc Ary Rongel estava fundeado, quando recebeu o sinal de socorro e começou, juntamente com o M/V NORD NORGE, a coordenar as ações de resgate. O combinado foi que o NORD NORGE, a cerca de 25 milhas do local do sinistro faria o resgate - evidentemente, em face de sua maior velocidade - e o NApOc Ary Rongel lançaría a aeronave a fim de verificar in loco, o estado do EXPLORER, bem como o das baleeiras e dos botes. O EXPLORER reportou que teve uma avaria no HPC, ficou fora de controle e bateu, muito provavelmente num pedaço de gelo submerso.
Quando NApOc ARY RONGEL chegou à área, felizmente todos os náufragos já haviam sido recolhidos, todos com vida, com a ajuda da vetoração da aeronave do navio . Desta forma, o NApOc ARY RONGEL e o M/V ENDEAVOUR recolheram os botes e as baleeiras, à deriva. Neste momento, o mar já havia subido (ondas de 4 a 5m), com vento reinante de 40 nós.
Após encerrada a faina, e feitas todas as ações visando a salvaguarda da vida humana no mar e dentro dos limites de segurança do navio , o NApOc ARY RONGEL regressou para a Baía do Almirantado.
Vale a pena ressaltar que a foto acima tirada pelo NApOc ARY RONGEL mostra o Explorer ainda na superficie. Quando a Marinha Chilena chegou, representada pelo seu navio de pesquisas antárticas ALTE VIEL, o M/V EXPLORER já havia afundado.


Fonte: ALIDE

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sábado, 24 de novembro de 2007

EXPLORER A Brazilian navy ship and a Chilean helicopter were also en route.

EXCLUSIVE: Eyewitness on Antarctic Ship Rescue

Grateful Tourists Were Moved to See Help Come

Sinking Ship
(Fiona Stewart)

Aboard the National Geographic Endeavor, Capt. Oliver Kruess was the first to see the stricken tourist ship Explorer from about 15 miles away.
The captain and his team had been on high alert for several hours, when the 1:45 a.m. distress call was broadcast announcing to all ships in the region that the 100-passenger vessel had apparently hit an iceberg and was taking on water.
Photos

Around 3 a.m. all of Explorer's passengers — plus some crew, though not the captain and a dozen staff who would stay on board for several hours more — were put into the ship's lifeboats and Zodiacs (small inflatable boats).
The Explorer was in the middle of a 19-day tour of South Georgia Island and the Antarctic Peninsula.
Twelve miles south of King George Island at the accident position, it was still dark, the air temperature in the low 30s, with water temperature a degree or two below freezing.
As part of the Endeavor's staff, representing National Geographic on board during a month of touring the Antarctic Peninsula region and simultaneously scouting a sea kayak expedition here, I was awoken at 3:30 a.m. by expedition leader Tim Soper.

Vessel Steams to Help

At a hastily prepared staff meeting, it was announced we were steaming to the location of the Explorer, followed by the Nord Norge, a big, 700-passenger Norwegian cruise ship. The Norwegian ship would be the coordinating rescue vessel, because it had room on board to accommodate survivors. A Brazilian navy ship and a Chilean helicopter were also en route.
We reached a line of orange lifeboats and black Zodiacs shortly before 7 a.m. Passengers in each boat were wet, appeared stunned and were obviously moved by spotting the rescue ships headed their way.
Video

Accidents in the Antarctic by tourist ships is not uncommon. Last year, the Nord Cap, the sister ship to the Nord Norge, ran aground near Deception Island and had to unload its passengers onto the Norge. The last ship to sink in Antarctic waters was the Bahia Paraiso, which sank off Janus and DeLaca islands in 1989. With 25,000 tourists now visiting each year, on more than 50 ships, accidents are an increasing concern.
According to one of the Explorer's crew, the ship had apparently hit something — most likely an iceberg — which made a fist-size hole in the hull. There may have been another hole. The Explorer was the very first tour vessel to operate in Antarctica; it was built in the 1960s by expedition tourism veteran Lars-Erik Lindblad and was the very first ship to bring tourists to Antarctica in 1969. It survived previous groundings in Antarctica in 1972 and 1979. The ship is currently owned and operated by the Toronto-based adventure travel company GAP.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Antarctic Cruise Ship Hits Ice, Passengers Evacuated

Antarctic Cruise Ship Hits Ice, Passengers Evacuated

By Brian Lysaght and Camilla Hall

Nov. 23 (Bloomberg) -- The cruise ship ``M/S Explorer'' evacuated 154 passengers and crew after hitting an iceberg off the coast of Antarctica. The vessel is listing and may sink.

The ship's owner, Toronto-based tour operator G.A.P. Adventures, said below-surface ice cut a hole in the hull. The crew and passengers -- including 24 Britons, 17 Dutch and 14 Americans -- were rescued by a Norwegian cruise ship, G.A.P. said in an e-mailed statement.

Antarctica received a record number of tourists last year, attracted by rugged terrain and scenes from films such as the Oscar-winning ``March of the Penguins.'' The Explorer, which was on a 19-day summer tour, made 12 voyages in the region last year, according to the International Association of Antarctic Tour Operators.

``We're seeing more vessels and bigger vessels,'' said John Shears, a director of the British Antarctic Survey, a government funded research center in Cambridge, England. ``It's not a risk- averse holiday.''

There were 37,552 visitors to Antarctica last year, an increase of 29 percent from a year earlier, the tour association said on its Web site.

The Liberian-registered Explorer hit the ice in the Bransfield Strait off King George Island, 96 kilometers (60 miles) from the Antarctic Peninsula, authorities in Argentina and the U.K. said.

Fourteen lifeboats transferred the passengers and crew to the NordNorge, a Norwegian liner, said the Argentine Coast Guard, which coordinated the rescue, in an e-mailed statement.

Passengers in Good Condition

Arnvid Hansen, the captain of the NordNorge, told Sky News in a telephone interview that ``everyone is in good condition.''

The Explorer, which was built in 1969, is at risk of sinking, said Dan Brown, a London-based spokesman for G.A.P. in a telephone interview. The ship, which has a reinforced hull to protect against ice, has been sailing in Antarctica since 1970 and is one of the best-known and most capable tour ships in the region, said Shears.

``They were lucky the sea was calm and the temperatures about freezing,'' Shears said. The British Antarctic Survey is lobbying international maritime officials for more regulation of cruise ships in the region, including ships sailing in pairs to reduce risks.

The Explorer's captain is Swedish and most of the crew from the Philippines, the company said.

Falkland Islands

The G.A.P. trip set off from Nov. 11 from Ushuaia, Argentina, visited the Falkland Islands and was to wind through the Drake Passage and the Danco Coast of Antarctica.

``Experience a voyage of a lifetime to a land where penguins rub shoulders with seals and orcas and whales are often seen plying the icy waters,'' G.A.P. says on its Web site.

The company describes itself as Canada's largest adventure travel company and a specialist in ``small group adventures, safaris and expeditions.''

le destroyer Caio Duilio

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Italie : Fincantieri lance le destroyer Caio Duilio

Voir le diaporama
crédits : Marina Militare
23/11/2007

Le destroyer lance-missiles Caio Duilio, seconde unité italienne du programme Horizon (Orizzonte), a été lancé le 25 octobre aux chantiers Fincantieri de Riva Trigoso, près de gênes. Conçu et réalisé en coopération avec le groupe français DCNS, le Caio Duilio, tout comme son aîné, l'Andrea Doria, est quasiment identique aux frégates de défense aérienne Forbin et Chevalier Paul. L'une des principales différences extérieures porte sur la présence d'une troisième pièce de 76 mm, à l'arrière, sur le hangar, et de la conduite de tir associée. Sur les navires de la Marine nationale, ce canon devait être remplacé par deux systèmes surface-air à très courte portée Sadral (missiles Mistral). L'un des deux lanceurs a, toutefois, été remplacé par un brouilleur. Le second n'est toujours pas en place sur le Forbin, dont la livraison est prévue en juin 2008 et l'admission au service actif en décembre de la même année.
Longs de 152.9 mètres pour un déplacement de 7050 tonnes, les Andrea Doria et Caio Duilio disposeront du Principal Anti Air Missile System (PAAMS), articulé autour de 32 missiles Aster30 et 16 missiles Aster15. Le reste de leur armement comprendra 8 missiles antinavire Otomat (au lieu des Exocet MM40 sur les bateaux français), 2 canons de 25mm et 2 tubes pour torpilles MU90. Leur livraison, attendue en décembre 2008 et fin 2009, permettra à la marine italienne de remplacer les destroyers Ardito et Audace, déjà désarmés. Deux autres unités avaient été envisagées pour remplacer après 2010 les Durand de la Penne et Francesco Mimbelli. Les restrictions budgétaires risquent fort d'enterrer le projet, d'autant que les Horizon/Orizzonte sont des bateaux très onéreux. Le programme français s'élève, ainsi, à 2.7 milliards d'euros pour deux unités (études et système d'armes compris). Faute de pouvoir acquérir deux FDA supplémentaires, la marine française étudie actuellement une version antiaérienne de la Frégate Européenne Multi-Missions (FREMM), un navire également développé en coopération avec l'Italie.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

SINAL DE ALERTA

"O terrorismo internacional não se contenta somente em atacar interesses econômicos de grandes grupos internacionais , sempre foi e sempre será uma ameaça aos interesses considerados como patrimônio estratégico de todos os paises, quer se oponham ou não aos seus interesses" . o SINAL DE
ALERTA foi acionado e as providencias?


SINAL DE ALERTA

Do alto de suas responsabilidades, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, chamou a atenção das autoridades e do povo brasileiro para a sua justa preocupação com a defesa de nossas riquezas marítimas e frisa a necessidade de meios para vigilância e proteção dos interesses do Brasil no mar

Os trechos abaixo foram pinçados de seu artigo A AMAZONIA AZUL em que nos mostra que devemos nos preocupar também com nossas riquezas marítimas que na atualidade , fornecem os recursos para nossa sobrevivência econômica. No mundo conturbado em que vivemos ,de escassez de combustíveis fósseis, nossas águas são tão importantes quanto o verde da AMAZONIA LEGAL.

“Toda riqueza acaba por se tornar objeto de cobiça, impondo ao detentor o ônus da proteção”. Tratando-se de recursos naturais, a questão adquire conotações de soberania nacional, envolvendo políticas adequadas, que não se limitam a, mas incluem, necessariamente, a defesa daqueles recursos.

O petróleo é uma das grandes riquezas da nossa "Amazônia Azul". No limiar da auto-suficiência, o Brasil prospecta, no mar, mais de 80% do seu petróleo, o que, em números, significa algo na ordem de 2 milhões de barris por dia. Com as cotações vigentes, é dali extraído, anualmente, um valor aproximado de US$ 22 bilhões (hoje muito mais com o preço internacional do barril beirando o valor de 40 dólares). Novamente, não é só o valor financeiro que conta. Privados desse petróleo, a decorrente crise energética e de insumos paralisaria, em pouco tempo, o país.

Na "Amazônia azul", os limites das nossas águas jurisdicionais são linhas sobre o mar. Elas não existem, fisicamente. O que as define é a existência de navios patrulhando-as, controlando- as ou realizando ações de presença. Para tal, a Marinha tem que ter meios, e há que se ter em mente que, como dizia Rui Barbosa, esquadras não se improvisam.

Para que, em futuro próximo, se possa dispor de uma estrutura capaz de fazer valer nossos direitos no mar, é preciso que sejam delineadas e implementadas políticas para exploração racional e sustentada das riquezas da nossa "Amazônia Azul", bem como que sejam alocados os meios necessários para a vigilância e a proteção dos interesses do Brasil no mar".

Palavras sensatas e responsáveis que infelizmente ainda não sensibilizaram aqueles que regem os destinos do País. O que estão esperando ? Depois da porta arrombada muito pouco sobrará de nossa pobre nação ,privada do principal produto de sobrevivência social e econômica , o petróleo extraído do fundo do mar.

Na atualidade vivemos perplexos com noticias das atividades de grupos terroristas ,em todas as regiões do mundo , A atual dependência do mundo Ocidental nos recursos petrolíferos e de gás natural ,torna suas instalações ,todas elas ,fixas ou móveis, alvos atraentes do terrorismo internacional. Os grupos terroristas sempre se basearam nos benefícios políticos e econômicos em atacar estes recursos estratégicos.Além de contribuir para a instabilidade econômica, a indústria de energia foi mirada como um símbolo de resistência aos governos nacionais, e como meios de pressão sobre corporações multinacionais com estratégico interesse em gás e óleo de regiões produtoras.

O terrorismo internacional não se contenta somente em atacar interesses econômicos de grandes grupos internacionais , sempre foi e sempre será uma ameaça aos interesses considerados como patrimônio estratégico de todos os paises, quer se oponham ou não aos seus interesses. O terrorismo é insano.O Brasil viveu ,durante séculos, livre da sanha desses malfeitores. Os tempos modernos trouxeram , à crista dos acontecimentos, grupos terroristas radicais ,bem organizados e armados capazes de infligir sérios danos aos seus alvos , quer sejam empresas quer sejam nações.

Por nossa quase auto suficiência em petróleo ,com nossas áreas de extração altamente vulneráveis , oferecemos um vasto campo para uma série de ações terroristas , capazes de interromper nossa produção causando danos incontornáveis a nossa economia

Indefesas ,nossas plataformas de extração,no meio do oceano,longe de nossas costas ,onde extraímos mais de 80 % de nosso petróleo, se encontram a mercê de qualquer tipo de inimigos, inimigos terroristas,inimigos econômicos e inimigos gratuitos prontos para infligir os danos que atendam a seus desígnios.

O que fazer e como fazer para ,pelo menos,diminuir nossas fraquezas. A situação econômico-financeira não permite estabelecer o ideal , áreas totalmente protegidas ,com sistemas integrados aos sistemas de controle de nossa Marinha, com modernos equipamentos de detecção e de comunicações, com utilização dos serviços de satélites provendo uma vigilância e defesa efetiva de nossas bacias petrolíferas. . O que fazer então ? Planejar a defesa de nossas áreas de prospecção e implantá-la à medida que os recursos se tornarem disponíveis. Então se deve pensar em meios pontuais que modularmente serão inseridos nos sistemas maiores quando os recursos se tornarem disponíveis ,alem de liberar a utilização dos recursos dos “Royalties” do petróleo que constitucionalmente lhes são destinados para que a Marinha adquira meios para efetivamente proporcionar a proteção devida.

O sinal de alerta foi acionado , não podemos mais ficar parados esperando o acontecer . Não pode a Petrobras ,detentora da exploração de nosso petróleo, líder mundial em detecção em águas profundas nem a ANP a agência reguladora de nossos assuntos petrolíferos ficarem inertes esperando o acontecer.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Sea Basing: The FOB at Sea Option

Sea Basing: The FOB at Sea Option

This months issue of Proceedings is the annual Marine Corps issue, and if you read it you might have noticed that it fails to discuss Sea Basing. Does it strike anyone else as odd that since the official design of the 14 (+1) ship Sea Base solution was proposed, there hasn't been a single article discussing the $14-$18 billion dollar Sea Base solution? It seems kind of strange to me, particularly when compared to all the ink dedicated to every other program, or hell, the 5,000 words every month given to any reporter working for a certain Baltimore Newspaper.

I would have assumed the Sea Base, the reason the Marines are losing a full MEB worth of amphibious ships, would have been worth at least 500 words by now in the nations Premier Independent Forum on National Defense, but I guess not. If there wasn't so much money involved, I'd say its a program on the chopping block.

It should be chopped though. Included in this months issue is your physical copy of the new Maritime Strategy, where indeed the idea of using the Sea as Base is discussed at length. Given this emphasis on globally distributed sustainment of mission-tailored forces, it has me thinking perhaps the Navy doesn't need a Sea Base per se, rather a series of Forward Operating Bases at Sea.

I thought about the concept of Forward Operating Bases at Sea when I was going through a brochure from ThyssenKrupp Marine Systems called "Emerging Maritime Concepts in Southern Africa.“ Basically it is a giant sales pitch for the South African amphibious ship proposal previously discussed.

Main Specifications:

Length overall 182,00 m
Length in waterline 174,00 m
Beam 26,50 m
Depth to main deck 16,85 m
Design draught 6,00 m
Displacement (full load) 15,000 t
Propulsion plant 2 x 11MW
Speed max. 22 kts
Range 8,000 nm / 16,5 kts
Complement 142 Crew / 776 Troops


While the ThyssenKrupp design is tilted more for amphibious operations, it raises the question whether this type of platform would make a good mothership for supporting littoral operations, something of a tender/command ship for the LCS and other smaller deployable craft, or perhaps the HVU for the previously mentioned Littoral Strike Group.

Food for thought. These ships strike me as very versatile, but most impressive thing about the ThyssenKrupp design... It appears to be well armed.

Either way, this is a very interesting design in the LHD competition for South Africa, certainly one worth keeping an eye on.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

The uninvited guest: Chinese sub pops up in middle of U.S. Navy exercise, leaving military chiefs red-faced DailyMail

By MATTHEW HICKLEY - More by this author » Last updated at 00:13am on 10th November 2007


When the U.S. Navy deploys a battle fleet on exercises, it takes the security of its aircraft carriers very seriously indeed.

At least a dozen warships provide a physical guard while the technical wizardry of the world's only military superpower offers an invisible shield to detect and deter any intruders.

That is the theory. Or, rather, was the theory.


Song Class submarine

A Chinese Song Class submarine

American military chiefs have been left dumbstruck by an undetected Chinese submarine popping up at the heart of a recent Pacific exercise and close to the vast U.S.S. Kitty Hawk - a 1,000ft supercarrier with 4,500 personnel on board.

By the time it surfaced the 160ft Song Class diesel-electric attack submarine is understood to have sailed within viable range for launching torpedoes or missiles at the carrier.

According to senior Nato officials the incident caused consternation in the U.S. Navy.

The Americans had no idea China's fast-growing submarine fleet had reached such a level of sophistication, or that it posed such a threat.

One Nato figure said the effect was "as big a shock as the Russians launching Sputnik" - a reference to the Soviet Union's first orbiting satellite in 1957 which marked the start of the space age.

The incident, which took place in the ocean between southern Japan and Taiwan, is a major embarrassment for the Pentagon.


Kitty Hawk

Battle stations: The Kitty Hawk carries 4,500 personnel

The lone Chinese vessel slipped past at least a dozen other American warships which were supposed to protect the carrier from hostile aircraft or submarines.

And the rest of the costly defensive screen, which usually includes at least two U.S. submarines, was also apparently unable to detect it.

According to the Nato source, the encounter has forced a serious re-think of American and Nato naval strategy as commanders reconsider the level of threat from potentially hostile Chinese submarines.

It also led to tense diplomatic exchanges, with shaken American diplomats demanding to know why the submarine was "shadowing" the U.S. fleet while Beijing pleaded ignorance and dismissed the affair as coincidence.

Analysts believe Beijing was sending a message to America and the West demonstrating its rapidly-growing military capability to threaten foreign powers which try to interfere in its "backyard".

The People's Liberation Army Navy's submarine fleet includes at least two nuclear-missile launching vessels.

Its 13 Song Class submarines are extremely quiet and difficult to detect when running on electric motors.

Commodore Stephen Saunders, editor of Jane's Fighting Ships, and a former Royal Navy anti-submarine specialist, said the U.S. had paid relatively little attention to this form of warfare since the end of the Cold War.

He said: "It was certainly a wake-up call for the Americans.

"It would tie in with what we see the Chinese trying to do, which appears to be to deter the Americans from interfering or operating in their backyard, particularly in relation to Taiwan."

In January China carried a successful missile test, shooting down a satellite in orbit for the first time.

A Call For More Destroyers and Frigates for the Royal Navy

Tuesday, November 13, 2007

A Call For More Destroyers and Frigates for the Royal Navy

The Times has an excellent article on the ongoing management of decline in the Royal Navy.

The head of the Royal Navy gave warning yesterday that the fleet would lose its flexibility if the Government cut back too far on warships and manpower. Admiral Sir Jonathon Band, First Sea Lord and Chief of the Naval Staff, said that there was a risk that the Navy would not be able to fulfil many of its duties.

While technology had made it possible to send warships to sea with smaller crews, the Royal Navy would lose its flexibility if the “human element” was reduced too much, he said.

Admiral Band said that the fleet was involved in many vital operations, including guarding Iraqi oil terminals, patrolling the Mediterranean, around the Horn of Africa and the South Atlantic and supporting dependent territories. “To carry out missions properly, we need three warships for every one that’s out on patrol,” he told The Times in an exclusive interview.


"We need three warships for every one that's out on patrol." I agree with that, quantity matters. Isn't that what he is saying? Then why did he go on to say this?

He envisaged a different style of Navy emerging in which vessels would no longer have anti-air or anti-submarine roles but would be multipurpose. With tight resources, the emphasis, he said, would have to focus on “quality, not quantity”.

Did he just contradict himself? Sounds like it, but I do think he is right in pointing to the need for multipurpose vessels, although one has to admire the capabilities of the single purpose Royal Navy ships. I've been on the Type 23, had the full tour, had dinner with the captain, enjoyed tea with the crew, and allow me to opine that in my opinion a Royal Navy Type 23 may be the single greatest anti-submarine warfare surface vessel currently sailing the high seas. The crews are extraordinary in terms of their training proficiency, and the tools are highly capable.

I do understand the reasoning for the shift though. The Type 23 may be great for ASW, and is certainly capable for ASuW, but it does leave a bit to be desired in air defense. While certainly capable of self defense, with the proliferation of anti-ship missiles as we saw last year in Lebanon, the Royal Navy is recognizing the harsh reality that while they have the ability to defend themselves, they need the capability to defend beyond themselves.

Admiral Band said that if the Government wanted the White Ensign to be flown around the world, the issue of the number of destroyers and frigates available, “particularly frigates”, was crucial. The Admiral is overseeing a hugely expensive equipment programme, including the building of two large aircraft carriers, at the cost of £3.9 billion, six Type 45 destroyers at £6 billion, four Astute class nuclear-powered submarines at £3.7 billion and a replacement for the Vanguard class Trident ballistic missile submarines, which could cost between £15 billion and £20 billion.

More Frigates, exactly right, and yes more Frigates even if it means no CVF. I covered the shortage of surface combatants in the Royal Navy last month and highlighted the trouble. People make a big deal about money and capability, but my argument is solely based on build rates. The Royal Navy is different than the US Navy, the US Navy builds their ships with a 35 year life span, but the Royal Navy builds their Destroyers and Frigates with an expected 25 year life span. As I highlighted last month, the MoD has created major problems down the road when they only commissioned 3 Destroyers and Frigates over the 10 year period between 1998-2007. Even assuming the Royal Navy commissions 8 Type 45s over the next 8 years, the Royal Navy will be left with 11 commissioned Destroyers and Frigates over a period of 18 years. Assuming 1 commissioning of some yet designed Destroyer or Frigate type every year for the 7 years following the Type 45s, the Royal Navy will still only end up with a fleet total of 18 Destroyers and Frigates.

That is barely enough Destroyers and Frigates to protect the carrier and expeditionary platforms in the Royal Navy, much less meet the national interest patrol and low intensity deployments typical of Royal Navy Destroyers and Frigates today.

It is very good news that Admiral Band is saying these things publicly, the harsh realities of the situation the Royal Navy is in needs to be discussed in public circles

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Forças Armadas: Uma questão de soberania nacional

Forças Armadas: Uma questão de soberania nacional
11/11/2007 - 16h44
Marcelo Rech

Na semana passada, o Comandante do Exército, General Enzo Martins Peri e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fizeram questão de destacar que o Brasil não se preocupa com as compras militares da Venezuela e que os programas de reaparelhamento das Forças Armadas (que Jobim fez questão de frisar como de “aparelhamento”) devem levar em conta apenas os interesses e objetivos do Brasil.

No entanto, após sete audiências públicas no Congresso Nacional, onde cada comandante compareceu duas vezes (Câmara e Senado. O ministro Jobim esteve apenas na Câmara), pairam muitas dúvidas sobre as reais pretensões militares do Brasil.

Para vários analistas internacionais, o Brasil está se armando por conta das ameaças que vêm do Norte, da Venezuela e a América Latina estaria definitivamente numa corrida armamentista.

No encerramento do VII Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, promovido pelo Gabinete de Segurança Institucional, realizado em Brasília na semana passada, Nelson Jobim e o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, defenderam a modernização das Forças Armadas do Brasil e lembraram que o país tem ambições externas que vão exigir forças capacitadas, operacionais e em condições de defender os interesses do país interna e externamente.

Queiram ou não, o rearmamento da Venezuela despertou os militares brasileiros e contagiou o governo para que a retórica em torno da modernização das Forças Armadas fosse abandonada.

Nelson Jobim tem dito que o Brasil precisa recuperar sua capacidade disuassória. Ele disse ao final do VII ENEE que “aqueles que entrarem no espaço aéreo ou no mar jurisdicional brasileiro, terá problemas”.

Especula-se que o orçamento das Forças Armadas poderia ser aumentado em até 50% para 2008, passando de US$ 6,9 bilhões para US$ 9,1 bilhões.

Outros R$ 1 bilhão ao longo dos próximos oito anos estariam garantidos para a conclusão do submarino nuclear. Algo como R$ 130 milhões por ano é o que a Marinha considera necessários para o projeto.

De acordo com os comandantes das três forças, que relataram a situação de penúria que enfrentam, o país teria de injetar cerca de R$ 16 bilhões até 2021 para que as Forças Armadas tenham condições de cumprir com o paple de dusuassão.

Além disso, os militares com o apoio dos ministros Roberto Mangabeira Unger e Nelson Jobim, querem que a indústria nacional tenha como fornecer os equipamentos necessários para as Forças Armadas.

Os ministros defendem mudanças na lei de licitações para que as empresas nacionais sejam estimuladas a produzir para o mercado interno (para as três forças) e externo (países vizinhos).

Jobim, por exemplo, prefere pagar mais caro às empresas brasileiras, pois sabe que poucos países estão dispostos a transferir tecnologia num campo tão sensível quanto crítico. Na avaliação de Nelson Jobim, o Plano Estratégico da Defesa que deve ser apresentado em setembro de 2008, vai vincular a defesa nacional com o desenvolvimento industrial.

O contexto regional

Já não restam dúvidas que a geopolítica regional despertou o Brasil para a recuperação das suas Forças Armadas.

Nesse contexto, os avanços do presidente venezuelano Hugo Chávez sob os países vizinhos e centro-americanos precisa ser monitorado, pois o próprio presidente da Venezuela já afirmou que não descarta intervir na Bolívia se o presidente Evo Morales for ameaçado.

No Congresso, os comandantes desnudaram a situação de cada força. No Exército, 78% dos 1.500 blindados estão indisponíveis e 80% deles têm mais de 30 anos de uso. Para piorar, dos 131 blindados Leopard, 70% estão fora de operação.

O Fuzil Automático Leve (FAL), usado pelos soldados em combate, já têm mais de 40 anos de uso e há sérias restrições quanto às munições.

Na Aeronáutica, a situação é igualmente grave. Dos 720 aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), 63% está sem condições de voar. Apenas 267 aeronaves estão operacionais. Além disso, mais de 80% da frota tem mais de 15 anos de uso.

Com as compras de aviões russos pela Venezuela, a FAB caiu para a quarta posição entre as forças aéreas da América do Sul, atrás também de Chile e Peru.

A Venezuela comprou 24 aviões de caça Sukhoi Su-30 enquanto a FAb teve de contentar-se até o momento, com 12 Mirage 2000 usados, adquiridos da França (a maioria sequer foi entregue).

Já a Marinha está com metade dos seus navios parados, sem condições operacionais. Além disso, cinco submarinos convencionais precisam de reformas urgentes. De acordo com os relatos feitos no Congresso, é possível afirmar que a Marinha é a força em pior situação.

O Almirante Júlio Soares de Moura Neto explicou que desde 1999, foram desativados 22 navios e seis aeronaves. No mesmo período, apenas dez navios foram incorporados à força.

Moura Neto esclareceu que até meados de 2010, outros 17 navios deverão ser desativados, o que corresponde a 20% dos navios da Marinha. Até 2025, se o quadro for mantido, 87% das embarcações estarão indisponíveis e a Marinha pode parar.

No ano de 2003, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o primeiro mandato e cancelou o Programa FX, que previa a compra de aviões de caça modernos, o orçamento das Forças Armadas atingiu seu pior desempenho em 15 anos, com apenas R$ 4,3 bilhões.

Nelson Jobim quer marcar sua gestão como o ministro da Defesa que tirou do papel uma infinidade de boas intençoes. Para tanto, mudou a sistemática de elaboração do orçamento das Forças Armadas, que eram fechados pelos respectivos comandos.

Agora, as propostas são discutidas com o ministro, de acordo com a estratégia que está sendo definida pelo grupo interministerial criado por Lula em setembro e que conta com a participação dos ministros da Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Ciência e Tecnologia.

Apesar do orçamento e do Plano Estratégico da Defesa ainda não terem sido fechados, sabe-se que o Exército teria priorizado a instalação de uma fábrica na Região Sul, destinada à recuperação de tanques, blindados e ao projeto de construção de radares tridimensionais, usados em baterias antiaéreas para orientar a mira dos canhões e metralhadoras.

A Marinha foca sua prioridade no projeto do submarino nuclear e na reforma de seus navios, enquanro a Aeronáutica, acredita que o projeto FX, dos caças supersônicos, em sua segunda versão, possa sair do paple. Além disso, pretende dispor de recursos para a compra de helicópteros e de jatos para o transporte de tropas.

O que ainda não está claro é o que o ministro Mangabeira Unger foi fazer na França e Índia e fará na Rússia. A princípio, essas viagens serviriam para conhecer como funcionam os respectivos ministérios da Defesa.

Por outro lado, motivados ou não pelas compras militares da Venezuela, os militares brasileiros parecem estar mais próximos do que nunca de um projeto de modernização que dê ao Brasil, Forças Armadas à altura de suas pretensões, reduzindo a dependência externa e privilegiando a soberania.

Marcelo Rech é jornalista, editor do InfoRel e especialista em Relações Internacionais e Estratégias e Políticas de Defesa. Correio eletrônico: inforel@inforel.org.

domingo, 11 de novembro de 2007

País gigante, defesa pobre

País gigante, defesa pobre

Maior e mais populosa nação da América do Sul, Brasil corre para reequipar tropas militares e substituir navios, tanques e aviões sucateados enquanto a vizinha Venezuela se arma até os dentes

Michel Alecrim, Marco Aurélio Reis e Ana d’Angelo

Rio - Asfixiadas pelos constantes cortes orçamentários nos últimos anos, as Forças Armadas não hesitaram em bater à porta do Congresso para pedir socorro. Atrás de mais recursos, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica escancararam, em audiências na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a situação precária em que se encontra a máquina de defesa do Brasil. A radiografia apresentada revelou um estado de sucateamento do arsenal brasileiro: aeronaves, veículos e blindados parados por falta de manutenção e de peças; submarinos inativos; fuzis em uso há 42 anos; peças de artilharia da época da Segunda Guerra Mundial; falta de munição para treinamento; projetos de aquisição de armamentos parados.

Enquanto isso, na vizinha Venezuela, o polêmico presidente Hugo Chávez tem ido às compras no mercado bélico, desde 2005, com notável avidez. Começou com a aquisição de 100 mil fuzis Kalashnikov AK-103 e AK-104 russos. Desde então, a cesta venezuelana incluiu radares móveis, submarinos, helicópteros e mísseis-terra. Em julho de 2006, a Venezuela adquiriu 24 exemplares dos cobiçados caças Sukhoi, também da Rússia, considerados os aviões de guerra mais modernos e poderosos do mundo. Foi quando acendeu um sinal de alerta no Brasil. A cúpula militar não admite uma corrida armamentista em curso na América do Sul. O Comando do Exército reconhece apenas que o Chile está em melhor condição em termos tecnológicos. Mas os especialistas vêem motivos para preocupação.

“É uma situação que preocupa, principalmente em relação às alianças que podem ocorrer. Não sabemos o que a Venezuela pode fazer para apoiar a Bolívia, com a qual temos um desentendimento. É uma situação nova para o País”, avisa o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Expedito Carlos Stephani Bastos, especialista em assuntos militares. Para ele, se nos próximos 10 anos o País não se atualizar, será superado por Venezuela, Chile e Colômbia. O Brasil destina menos de 2% do Produto Interno Bruto (soma das riquezas, bens e serviços produzidos no País) com defesa. Deste percentual, a maior parte (80%) é de gastos com pessoal da ativa e inativos. Já o Chile investe 3,1%; a Bolívia, 2,1%; a Colômbia, 2,8%, e a Venezuela, 5,7%.

APOSTA NAS EMENDAS

Na proposta orçamentária enviada ao Congresso, o governo reservou R$ 4,9 bilhões em 2008 para o reaparelhamento (investimentos) das três Forças. É mais que o dobro dos recursos liberados nos últimos cinco anos. Mas corresponde, no entanto, à metade do que Exército, Marinha e Aeronáutica consideram necessário para o ano que vem. Por isso, os comandantes passaram a mirar as emendas dos parlamentares ao projeto.

Os congressistas sensibilizaram-se com os apelos dos comandantes. “Todos reconhecem que as Forças Armadas estão desaparelhadas, numa situação-limite”, afirmou a O DIA o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, deputado Vieira da Cunha (PDT-RS). No entanto, não há garantia sobre o volume de recursos que serão destinados nem propostas escolhidas. Cu-nha admitiu que não será possível apresentar uma emenda ao projeto de lei orçamentária para cada Arma. Isso porque a comissão só tem direito a três emendas e uma já está reservada ao Itamaraty. A saída seria outra comissão da Câmara abraçar a causa dos militares. Em resumo: nada certo.

ESPECIALISTAS VÊEM ‘REVANCHISMO’

O descaso com as Forças Armadas é atribuída por especialistas a uma ‘revanche’ dos governos civis que sucederam a ditadura militar e reduziram investimentos no setor. A segurança nacional, considerada vital para a manutenção da soberania, acabou perdendo prioridade.

“As reivindicações dos militares são associadas à Revolução de 64, apesar de serem estratégicas”, avalia o professor da UFJF Expedito Carlos Stephani Bastos, que vê o quadro se agravar no governo Lula.

Williams Gonçalves, professor de Relações Internacionais da UFF, diz que existe um “ranço da ditadura” em setores da sociedade, apesar da boa imagem no conjunto da população.

Para o professor da UFRJ Domício Proença Júnior, o maior problema é a falta de política de defesa que decida por um projeto de força integrado. “O Ministério da Defesa é o terceiro orçamento da República. A questão é que a decisão de rumo, a direção de defesa, não pode continuar inercial, mais do mesmo”, criticou Proença.

Uma das principais fragilidades apontadas é a proteção do espaço aéreo. Enquanto Venezuela, Chile e Peru têm caças modernos, o Brasil não tem aeronaves capazes de derrubar esse tipo de avião. “Nossa Força Aérea só abate avião de traficante. Estamos praticamente sem avião de caça”, ressalta o professor da UFF Ronaldo Leão.

A exploração de petróleo em águas profundas através de plataformas também é apontada como ponto frágil devido à falta de navios-patrulha por parte da Marinha.

Demora perigosa na reação

Apesar da movimentação venezuelana, o Brasil tem demonstrado demora na reação para reinvestir em suas Forças Armadas, cuja missão de Segurança Nacional prevê patrulhar a costa oceânica e as fronteiras, o que inclui a linha de 12 mil quilômetros que separa a cobiçada Região Amazônica brasileira das nações vizinhas.

Em junho, o Conselho Militar de Defesa, criado para assessorar o presidente da República, se reuniu pela primeira vez no governo Lula. Mesmo assim, o encontro foi convocado por Waldir Pires, um ministro enfraquecido por causa da crise na aviação civil.

A situação das tropas brasileiras e a ação dos países vizinhos foram discutidas, mas Pires não sobreviveu para cumprir o que prometeu: mais recursos para os quartéis e fortalecimento da indústria bélica nacional.

O novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, assumiu o lugar de Pires com a promessa de viabilizar investimentos. Por enquanto, comemora o aumento de R$ 3 bilhões nas dotações para investimentos, em 2008, e a criação de grupo de trabalho para elaborar o Plano Estratégico de Defesa Nacional. De imediato, a Aeronáutica teve sinal verde para empenhar US$ 2,2 bilhões com parte de gastos ainda este ano, para retomar o programa de aquisição de 24 a 36 caças, batizado de Projeto FX-2. O programa visa a superioridade da FAB no espaço áreo, hoje comprometida.




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sábado, 10 de novembro de 2007

"ESQUADRA NOSSA SEGURANÇA NO MAR"

NITERÓI, RJ.
Em 10 de novembro de 2007.

COMANDO-EM-CHEFE DA ESQUADRA

ORDEM DO DIA Nº 1/2007

Assunto: Aniversário da Esquadra

Hoje, ao comemorarmos 185 anos de existência, transportamo-nos ao dia 10 de novembro de 1822, quando pela primeira vez foi içado, em um navio de guerra brasileiro, o pavilhão nacional. A Esquadra brasileira nasceu com a Independência. A necessidade vital da consolidação de uma foi a determinante imperiosa da criação da outra. Assim, o grito do Ipiranga representa a certidão de nascimento não só do Brasil, como entidade autônoma no concerto das nações, mas, também, de sua Marinha de Guerra, garantidora incontestável dessa autonomia.

O Poder Naval brasileiro teve origem a bordo da Nau Martim de Freitas, nosso primeiro capitânia, depois batizada de Nau D. Pedro I. Nas lutas de consolidação da nossa independência, as atuações de nossa força naval na Bahia, Maranhão, Pará e Província Cisplatina foram decisivas para a manutenção da integridade do território nacional, permitindo, assim, o surgimento de um país de dimensões continentais. Em seu nascedouro, a Esquadra brasileira contou com a visão de D. Pedro I que, além do importante apoio governamental na sua formação, despertou no povo a consciência de nossa maritimidade e da necessidade de termos uma forte Esquadra, ao que os brasileiros responderam com consideráveis recursos obtidos através de subscrição popular. O Imperador compreendeu que nosso país, com dimensões marítimas extensas, não poderia, principalmente naquela época, mas verdade ainda nos dias de hoje, depender do estabelecimento de comunicações terrestres ao longo de seu imenso território. Entendeu, também, ser sua criação vital para proteger nosso comércio, manter a unidade territorial e fazer respeitar nossa soberania.

Igualmente, os nossos navios de guerra se fizeram presentes nas demais campanhas do Império e durante a participação do Brasil nas duas Guerras Mundiais. À chamada do dever, sempre a Esquadra respondeu com espírito de sacrifício e coragem, e os nossos antecessores redigiram páginas de lutas e glórias que moldam, ainda hoje, o caráter e inspiram o trabalho dos brasileiros que servem à Pátria no mar.

Espelhando-nos nesse exemplo de determinação e amor ao Brasil, devemos buscar, sem esmorecer, a superação dos desafios de nossa época: prontificar e manter os nossos meios, num cenário, agora em processo de reversão, de restrições orçamentárias. Além disso, procurar o nível de adestramento que nos capacite a operar esses meios da melhor maneira possível, que sejamos eficientes e eficazes.

O sucesso da Esquadra nos dias atuais depende, cada vez mais, da dedicação de seus componentes, homens e mulheres que guarnecem nossas organizações militares, e do uso adequado dos recursos disponíveis. Reconheço e destaco o esforço, o profissionalismo e o desempenho dos comandos de força e de divisões, navios, bases, centros de instrução, de adestramento, de apoio e de manutenção subordinados para que suas tarefas sejam cumpridas, no que são seguidos por suas tripulações, que constituem o bem maior de nossa Marinha.

Cabe, também, registrar a prioridade atribuída a este Comando pela Alta Administração Naval, que tem procurado, dentro das disponibilidades orçamentárias, atender as nossas demandas materiais e estabeleceu, como meta para o Setor do Pessoal, o pleno guarnecimento, qualitativo e quantitativo, de nossas unidades operativas.

Desse modo, é dentro de um quadro de melhoria contínua, característica de nossa Marinha, que gostaria de destacar algumas das principais realizações da Esquadra, em 2007:

- Assinatura do contrato e início das obras para a construção do novo prédio do Comando da Força de Superfície e Esquadrões subordinados, com previsão de conclusão em 2009;

- Implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) na BNRJ, voltado para a prevenção da poluição;

- Assinatura de contrato para a recuperação da pista de pouso da Base Aérea Naval de São Pedro D´Aldeia;

- Substituição do sistema de referência de posição hidrostático (HPR) no NSS Felinto Perry, o que incrementará a segurança nas Operações SARSUB;

- Participação da FIndependência na Operação PANAMAX, com substancial reforço no adestramento, e conhecimentos doutrinários, em exercícios e operações de interdição marítima;

- Presença do STikuna na Operação DEPLOYMENT-SUB, comissão de cinco meses de duração com meios das Marinhas norte-americana e britânica, na qual foram realizados exercícios de alta complexidade, aprimorando os procedimentos de busca e ataque a meios de superfície e submarinos;

- Aprimoramento da Rede Tática de Dados (RTD), possibilitando a troca de informações entre navios, sem o congestionamento das redes em voz, facilitando o exercício das atividades de Comando e Controle; e

- Desempenho dos meios navais e aeronavais na Operação ALBACORA, operação combinada de grande dimensão, em que obtivemos avanços consideráveis na interoperabilidade com as demais Forças singulares e contribuições para o aperfeiçoamento da doutrina a ela aplicável.

Apesar das adversidades, pode-se perceber que muito trabalho foi e está sendo feito, de modo que a Esquadra possa garantir, como e quando necessário, a defesa dos interesses do Brasil no mar.

Nessa ocasião, não me poderia olvidar de agradecer o esforço e a dedicação daqueles que nos antecederam, representados pela honrosa presença de nossos ex-Comandantes-em-Chefe que, com seus exemplos de dedicação ao serviço e amor à Marinha, conduziram-nos no passado por rumos seguros, e nos legaram um patrimônio de que nos orgulhamos e, em nosso dia-a-dia, perseveramos em manter e sermos dele dignos.

Marinheiros e servidores civis da Esquadra, juntos continuaremos a navegar nesse mesmo rumo, com dedicação, entusiasmo e crença na Marinha do Brasil, orgulhosos por pertencermos ao núcleo e à essência do Poder Naval brasileiro.

O almirante João do Prado Maia assim termina o seu livro "A Marinha de Guerra do Brasil na Colônia e no Império":

"... aos jovens de todos os recantos da nossa terra levo uma mensagem de esperança e de fé, que possa fazer com que voltem enternecidamente a vista para o mar, que possa fazer com que, um instante ao menos, olhem com carinho para a sua Marinha de Guerra - a amiga leal de sempre, a colaboradora intrépida que, sobretudo nas horas amargas, nos instantes de sacrifício, jamais faltou e jamais faltará ao Brasil!".

"ESQUADRA NOSSA SEGURANÇA NO MAR"


JOÃO AFONSO PRADO MAIA DE FARIA
Vice-Almirante

Comandante-em-Chefe -da Esquadra


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Un nouveau pétrolier ravitailleur pour la marine espagnol

Un nouveau pétrolier ravitailleur pour la marine espagnole

Vue du futur Cantabria
crédits : NAVANTIA


09/11/2007

Le chantier San Fernando-Puerto Real de Navantia mettra à flot, en février prochain, le Cantabria. Ce grand pétrolier ravitailleur de 175 mètres de long pour un déplacement de 18.000 tonnes a été mis sur cale cet été sera livré à la marine espagnole en décembre 2008. Un premier navire légèrement plus petit, le Patino, avait été livré en 1995 par les chantiers du Ferrol. Ces pétroliers ravitailleurs ont été étudiés en commun avec les Pays-Bas, qui ont réalisé pour leur marine l'Amsterdam. La Cantabria aura une capacité d'environ 7000 tonnes de gasoil, 2000 tonnes de carburéacteur, 240 tonnes de munitions, 100 tonnes de vivres et près de 200 tonnes d'eau.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

"Fator Chávez" estimula liberação de verba militar

"Fator Chávez" estimula liberação de verba militar
Compra de armas na Venezuela motiva as Forças brasileiras a pedir mais investimentos

Proposta de orçamento do Ministério da Defesa prevê aumento de R$ 6,9 bilhões para R$ 9,1 bilhões em 2008; FAB negocia helicópteros



IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As Forças Armadas brasileiras não têm condições de enfrentar guerras de forma efetiva e consideram a Venezuela de Hugo Chávez a principal ameaça à estabilidade regional. O cenário, com tons mais ou menos alarmistas, não é uma novidade. De repente, contudo, o assunto ganhou urgência.
O presidente Lula falou sobre a necessidade de reequipamento, o Ministério da Defesa aponta fraquezas estratégicas, a FAB diz que não pode voar nem 40% dos seus aviões, a Marinha confessa sua inoperância e um dos principais aliados do governo, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), aponta o dedo diretamente para a "ameaça chavista".
O que está por trás disso? A resposta está nas próprias Forças Armadas. Segundo a Folha apurou com oficiais superiores, a campanha armamentista de Chávez deu a desculpa ideal para que os militares pudessem apresentar em público e nos bastidores suas demandas sem temer o patrulhamento ideológico do qual alegam ser vítimas desde o fim da ditadura, em 1985. A ironia histórica é isso acontecer no governo de seus antigos adversários.
Os resultados começam a aparecer, restando agora saber se haverá direcionamento estratégico coerente para os investimentos -ou se negócios nebulosos e perdulários continuarão a dar o tom.
O dinheiro surgiu. Primeiro, a previsão de aumento de R$ 6,9 bilhões para R$ 9,1 bilhões para investimentos militares na rubrica orçamentária do Ministério da Defesa para o ano que vem.
Na semana passada, a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara aprovou uma emenda de quase R$ 1 bilhão para o governo desenvolver processamento de urânio e investir num avião de transporte que a Embraer ofereceu criar para a Força Aérea Brasileira trocar seus Hércules -a emenda está no Plano Plurianual, que ainda será apreciado e definirá o que estará no Orçamento dos próximos quatro anos.
Ainda no campo aeronáutico, a FAB reabriu uma compra de helicópteros estimada em R$ 600 milhões na semana retrasada. O negócio é peculiar. Fomentado no passado pela FAB e pelo então ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), buscava comprar diretamente equipamento russo -o helicóptero de ataque Mi-35M e o de transporte Mi-171, não por acaso modelos comprados pela Venezuela.
Furlan queria embutir uma compra de frangos por Moscou no negócio, a exemplo do que já fizera na F-X, a famigerada concorrência para compra de caças -enterrada após muita pressão política de concorrentes e governos. Mas Furlan, chamado maldosamente de "ministro das galinhas" por militares, por ser sua família dona da exportadora de frangos Sadia, acabou saindo do governo, e a FAB trocou de comando.
Assim, o negócio direto com os russos virou agora uma espécie de concorrência. A proposta de Moscou foi entregue em envelope fechado, assim como a de dois grupos europeus. Dentro da FAB, há quem bombardeie a compra, dizendo que ela não obedece a critérios estratégicos claros -seria apenas uma resposta às aquisições similares venezuelanas. Além disso, comprar da Rússia significa contrariar os EUA, um movimento politicamente delicado (leia texto na página A5).
Outra crítica possível é sobre a realização de programas custosos e de retorno duvidoso, como os US$ 400 milhões [cerca de R$ 700 milhões] gastos para renovar oito aviões de patrulha marítima obsoletos, ou a lenta modernização da frota de caças táticos F-5 e caças-bombardeiros AMX.
Os cinco principais negócios militares em curso no Brasil listados pelo IISS (Instituto Internacional para Estudos Estratégicos, o principal do gênero no mundo) são no setor aéreo; isso não é casual. Sem superioridade aérea, não há vitória no conflito moderno. Como disse o comandante da FAB, Juniti Saito, hoje o Brasil é apenas o quarto poder nesse campo na América do Sul.
Isso está na pauta dos lobistas da área militar. O discurso é indireto, e encontra respaldo no Legislativo. "Nossas emendas só têm a ver com planejamento de longo prazo, para suprir demandas e ainda fortalecer a indústria nacional, não são respostas à Venezuela", disse o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, Júlio Semeghini (PSDB-SP). Mas ele confirma que a Defesa convidou membros da comissão para conhecer o estado da proteção de fronteiras.

Fronteiras do Brasil
Não se imagina nada como o bombardeamento de território brasileiro, tema de exercícios simulados do Comando da Amazônia recentemente, e factível com o poder dos Sukhoi comprados por Chávez. Há outras opções para o venezuelano: um entrevero com o bastião dos EUA na região, a Colômbia, ou uma conquista na Guiana, de quem reivindica cerca de dois terços do território.
Nesses casos, perguntam-se os oficiais brasileiros, o que o Brasil poderia fazer? Uma nota condenatória do Itamaraty é a resposta mais provável.
Além disso, Chávez está se alinhando progressivamente com o "inimigo número 1" dos EUA, o Irã, e com a China, o poder emergente do século 21. Circula entre os militares um temor sobre as intenções chinesas sobre o Atlântico Sul.
Afinal de contas, mais de 90% do comércio mundial passa por navios. Pequim já negocia com as Maldivas a construção de uma base naval para sua frota no Oceano Índico. Na outra margem do Atlântico Sul, já há preocupações. "Há um crescente desconforto público aqui sobre um certo imperialismo chinês. Os governos africanos querem o dinheiro chinês, mas não querem trocar um bando de imperialistas exploradores por outro", afirmou o analista militar sul-africano Leon Engelbrecht.
Com uma Marinha que diz ter apenas metade de seus 21 navios em condições parciais de uso, fica difícil imaginar como o Brasil poderia criar dissuasão regional -e proteger suas reservas petrolíferas de águas profundas. O responsável pelo Plano Estratégico de Defesa Nacional brasileiro, general José Benedito de Barros Moreira, resumiu a situação em entrevista recente à Folha: "Uma esquadra de um país de porte médio pode parar o Brasil a qualquer momento, basta fazer um bloqueio contra Rio de Janeiro e São Paulo."
No discurso, o governo lembra o passado pacífico recente do Brasil para esfriar as expectativas. O ministro Nelson Jobim (Defesa) negou na quarta-feira passada que o país esteja preocupado com os movimentos venezuelanos. Defende o Plano de Defesa, a ser entregue em setembro do ano que vem, como marco para a definição dos novos investimentos.
De um modo ou de outro, mesmo que o lobby dê certo, poucos na cúpula militar acham que o Brasil recupera a capacidade de autodefesa plena em menos de duas décadas. O que é uma eternidade para o mundo da globalização.

domingo, 4 de novembro de 2007

PAQUISTÃO German subs deal: Senate defence body not satisfied

German subs deal: Senate defence body not satisfied
By By Shakil Shaikh
11/2/2007
ISLAMABAD: The Senate Standing Committee for Defence has expressed its “dissatisfaction” over the reply it has received on queries regarding the controversial sale-purchase of $1billion German submarines Papanikolis (U-214).

“We have not found satisfactory the reply received on the clarification/queries raised by the Defence Production Ministry,” said a member of the Committee, who has already approached the committee chairman to convene the meeting for discussing this matter of national importance from the naval defence and security perspective.

In all, 23 queries were raised and these were communicated to the Naval Headquarters and the German Company HDW, the manufacturer of U-214 subs.

In most cases in the light of documentary evidence made available to this scribe, the Naval Headquarters (NHQ) termed it “unsatisfactory, no comments received from the German firm, or the issue will be discussed further.”

It was astonishing that the bulk of information regarding the purchase of German subs has not been put on the table by the HDW, said a senior official.

Several analysis were carried out on this deal and it was concluded by the concerned officials that bypassing of the process and procedures were reported as perhaps some “big gun” was interested in this controversial purchase of “not in-service subs – Class U-214.”

One senior official told ‘The News’ that the standard procedure had been violated from the beginning, as the German offer was full of strong deviations having a direct impact on cost for Pakistan, time delivery, feasibility of project and operational performance.

“The German offer has been appraised as acceptable despite the fact that the invitation of tender specifies that offers are liable to be rejected if there is any deviation from special/technical instructions, offers are found conditional or incomplete in any respect, manufacturer’s relevant brochures and technical details of major equipment/assemblies are not attached in support of specifications and subject to non-availability of export licence,” said the official.

One official expert said that the German offer was financially arrogant, as the payment schedule requested by the German firm says that Pakistan will have to pay 45% of the total one billion dollars one year after the coming into force of the contract and 4.5 years before the tentative delivery of the first submarine.

It is also learnt that a high-level delegation of German firm will arrive here on November 5-6 to meet senior defence officials and to answer the queries of the ministry.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ARMISTÍCIO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

ARMISTÍCIO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Há 88 anos, na cidade francesa de Rethones, foi firmado, no dia 11 de novembro de 1918, o armistício que marcou o fim da Primeira Guerra Mundial. Deflagrada em virtude dos interesses antagônicos das nações européias, se consolidou na história da humanidade como a primeiro conflito armado de escala global, envolvendo colônias, protetorados e, mesmo, países da Ásia, África e América, inclusive o Brasil.

Ao visitar Saravejo, capital da Bósnia, região anexada ao Império Austro-Húngaro em 1908, o príncipe herdeiro Francisco Ferdinando terminou sofrendo um atentado que lhe roubou a vida, juntamente com sua esposa, em 28 de junho de 1914. O autor foi um nacionalista sérvio, descontente com o controle austríaco daquela região. A Sérvia foi responsabilizada pelo assassinato do príncipe, conseqüentemente, os austríacos ordenaram a mobilização de suas Forças Armadas.

Apesar dos esforços de outras potências, especialmente da Grã-Bretanha, em 28 de julho a Áustria declarou guerra à Sérvia. No dia seguinte a Rússia, por força de tratados com os sérvios, iniciou a mobilização de suas forças. Em 31 de julho, a Alemanha, também motivada por tratados com a Áustria, proclamou estado de guerra e enviou um ultimato à Rússia.

Numa rápida sucessão de eventos, em agosto, houve a declaração de guerra alemã à Rússia e à França, tendo esta potência invadido a Bélgica. A Inglaterra, em protesto contra a violação da neutralidade belga e atendendo a um acordo de proteção mútua com o Governo francês, declarou guerra à Alemanha. Foi como se um imenso mecanismo político-militar fosse posto em movimento e ninguém mais poderia controlá-lo. A partir daí, como resultado das alianças militares que já existiam entre as diversas nações, entraram na guerra, ainda em 1914, a Áustria, Montenegro, Sérvia e Japão. Em 1915, a Itália e a Bulgária, em 1916, Portugal e Romênia, em 1917, os E.U.A., Cuba, Panamá, Grécia, Sião, Libéria, China e o Brasil.

Até meados de 1917, o Brasil ainda mantinha uma atitude de neutralidade. O governo, contudo, seria forçado a modificar sua posição em virtude da comoção nacional causada pelo afundamento de quatro navios mercantes nacionais por submarinos alemães. Conseqüentemente, em 26 de outubro de 1917, através do Decreto nº 3.361, foi reconhecido e proclamado o nosso estado de beligerância contra o Império Alemão.

Em cumprimento aos compromissos assumidos na Conferência Interaliada, reunida em Paris, de 20 de novembro a 3 de dezembro de 1917, o Governo brasileiro enviou uma missão médica, composta de médicos-cirurgiões civis e militares, para atuar em hospitais de campanha do Teatro de Operações Europeu, um contingente de oficiais aviadores, da Marinha e do Exército, para se integrar à Força Aérea Britânica e o emprego de parte da Esquadra no Teatro de Operações do Atlântico, fundamentalmente, na guerra anti-submarina.

Para cumprir estas últimas atribuições, o Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, determinou a organização de uma força-tarefa que permitisse a efetiva participação da Marinha brasileira na Primeira Guerra Mundial. Logo, pelo Aviso Ministerial nº 501, de 30 de janeiro de 1918, foi constituída a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), composta de unidades retiradas das divisões que formavam a Esquadra brasileira. Passaram a compor a DNOG os Cruzadores Rio Grande do Sul e Bahia, os Contratorpedeiros Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina, o Cruzador-Auxilar Belmonte e o Rebocador Laurindo Pitta. Esta Divisão foi incumbida de patrulhar a área compreendida pelo triângulo marítimo cujos vértices eram a cidade de Dacar, na costa africana, o Arquipélago de São Vicente, no Atlântico, e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, ficaria sob as ordens do Almirantado britânico, representado pelo Almirante Hischcot Grant. Para comandá-la, o ministro designou um dos oficiais de maior prestígio na época, o Contra-Almirante Pedro Max Fernando de Frontin, nomeado em 30 de janeiro de 1918.

A guerra no mar, para o Brasil, teve início no dia 1º de agosto, quando da partida da DNOG do Porto do Rio de Janeiro. Na noite do dia 25 de agosto, na travessia de Freetown para Dacar, a Divisão sofreu um ataque feito por submarino inimigo, mas sem causar vítimas ou danos nos navios. O ataque foi revidado pela artilharia dos navios brasileiros. Posteriormente, já fundeada no Porto de Dacar, a tripulação da Divisão foi vítima da epidemia conhecida na época como "gripe espanhola", que tirou a vida de mais de uma centena de marinheiros, e imobilizou a Força por dois meses naquele porto.

De volta ao mar, ainda com as tripulações reduzidas e fisicamente debilitadas, retomou a sua missão de patrulhamento, demonstrando a têmpera do marinheiro brasileiro e a determinação do Almirante Max de Frontin no cumprimento do dever.

No dia 10 de novembro, os navios brasileiros fundearam em Gibraltar, logo no dia seguinte foi assinado o armistício. Com o fim da guerra, a DNOG foi convidada para participar das festividades promovidas pelos países vitoriosos comemorando a conquista da paz. Somente no dia 9 de junho de 1919, a Divisão aportou no Rio de Janeiro, tendo sido dissolvida pelo Aviso nº 3.053, de 25 de junho do mesmo ano.

Além da efetiva participação, a Marinha do Brasil também implementou um programa de instrução militar para as tripulações dos navios mercantes, iniciou, também, a ocupação militar da Ilha da Trindade em 1916, até aquele momento desabitada e de inegável importância estratégica.

A epopéia vivida pela DNOG e por todos aqueles que, direta ou indiretamente, prestaram relevantes serviços ao país, durante esse período da nossa história, merecem ser lembrados e homenageados como verdadeiros heróis, exortando as novas gerações o exemplo de abnegação e amor à Pátria.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL, Serviço de Documentação da Marinha. História Naval Brasileira. Volume Quinto, Tomo IB. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 1997.

LEITE, Jorge da Silva. Aspectos da Participação da Marinha de Guerra Brasileira na Primeira Guerra Mundial. In Revista Marítima Brasileira, 3º Tri/1987, pp. 9-40.

MAIA, João do Prado Maia. DNOG. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação Geral da Marinha, 1961.
MELLO, Leonel Itaussu Almeida, COSTA, Luís César Amad. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999.

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