Translate

domingo, 9 de maio de 2010

La construction de la première Gowind lancée

La construction de la première Gowind lancée

Maquette d'un OPV Gowind, sur le modèle duquel est conçu Hermes
crédits : DCNS


10/05/2010

Le site DCNS de Lorient a procédé, vendredi midi, à la découpe de la première tôle de l'Hermes (voir les dernières images dans cet article). Ce patrouilleur hauturier (OPV) de la famille Gowind, construit sur fonds propres par DCNS, sera mis à la disposition de la Marine nationale entre 2012 et 2015. Pour ce projet, les chantiers STX de Lorient et Piriou de Concarneau seront associés à la réalisation de la coque et des structures. Le bâtiment, long de 90 mètres pour une largeur de 13 mètres, sera achevé dans 18 mois. Affichant un déplacement de 1100 tonnes, il sera équipé de deux moteurs diesels (plus de 8000 cv) et deux lignes d'arbres, pourra atteindre la vitesse de 21 noeuds, franchir 8000 nautiques et disposer d'une autonomie de 21 jours. Armé par seulement 30 à 35 marins, le navire, doté d'une passerelle panoramique, pourra embarquer une trentaine de passagers. Ces derniers pourront, par exemple, être des forces spéciales pouvant être déployées au moyen de deux embarcations rapides de types RIB mises en oeuvre en moins de 5 minutes via deux rampes situées à l'arrière.


OPV Gowind (© : DCNS)


OPV Gowind (© : DCNS)


OPV Gowind (© : DCNS)


OPV Gowind (© : DCNS)

L'OPV français comptera, en outre, une plateforme et un abri pour hélicoptère ou drone. DCNS prévoit un équipement de base comprenant un système de combat Polaris, un radar de navigation, un système de transmission par satellite, un détecteur de communications et des canons à eau. La marine pourra ensuite y ajouter, en fonction de ses besoins, des senseurs supplémentaires et de l'armement (canon de 30mm, mitrailleuses de 12.7mm).
Le projet HERMES, d'abord connu sous le nom de DANIEL, a pour objectif de permettre à DCNS d'éprouver à la mer un prototype de sa nouvelle gamme de corvettes et OPV de la famille Gowind. Utilisé par la flotte française pour renforcer ses moyens dédiés à l'action de l'Etat en mer, Hermes bénéficiera de la caution d'utilisateur de la marine et servira de vitrine à l'industriel lors de ses déploiements, escales et exercices. DCNS fonde, en effet, de grands espoirs dans la commercialisation de ce produit à l'étranger. Conçus pour être robuste et simple à construire comme à entretenir, les Gowind doivent répondre à un panel très varié de missions. Suivant les modèles, plus ou moins grands et armés, ces bâtiments peuvent participer à des actions de combat, à des missions de surveillance et sauvegarde maritime, de contre-terrorisme, de lutte contre la piraterie ou le narcotrafic, ou encore de police des pêches.


Corvette de la gamme Gowind (© : DCNS)


Corvette de la gamme Gowind (© : DCNS)

domingo, 2 de maio de 2010

Submarinos brasileiros começam a sair do papel


França marca para dia 27 início da construção de quatro unidades

01 de maio de 2010 | 16h 46
Roberto Godoy / SÃO PAULO - O Estado de S. Paulo

O primeiro dos quatro submarinos Scorpéne, de tecnologia francesa, comprados em 2008 pelo Brasil, começa a ser construído no dia 27 de maio. A cerimônia de corte das chapas destinadas à proa será realizada às 10h, no estaleiro DCNS, em Cherbourg. O relógio digital que marca a contagem para a entrega do navio, no segundo semestre de 2016, será ativado na mesma ocasião.

Os outros três submarinos do tipo S-Br sairão, até 2021, do novo estaleiro que a Marinha está construindo em Itaguaí, no litoral sul do Rio.

O recebimento do modelo movido a energia nuclear, o SN-Br, está definido: será em janeiro de 2022, com chances de ser adiantado um pouco, para novembro de 2021.

Esse cronograma justo esteve sob sério risco de sofrer um atraso estimado em um ano, em decorrência da dificuldade do governo brasileiro em liberar cerca de R$ 100 milhões do downpayment, um adiantamento sobre o contrato de 6.790 bilhões, destinado ao início das operações.

Na França, reconhece um executivo da DCNS, o tamanho e o caráter do acordo - que prevê fornecimento amplo de tecnologia, incluindo o casco e sistemas não atômicos do navio de propulsão nuclear - são incomuns e implicam obstáculos inesperados.

O Comando da Marinha reduziu os danos antecipando recursos de seu próprio orçamento para a execução de trabalhos preliminares, como o Estudo de Impacto Ambiental e a produção de informações necessárias aos projetos dos novos estaleiro e base.

"Com isso, o retardamento ficou limitado a três meses, perfeitamente possíveis de serem compensados ao longo dos 144 meses, 12 anos, de duração do compromisso" explica o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

O documento principal foi assinado em dezembro de 2008. A negociação dos contratos adicionais consumiu nove meses, saiu em setembro de 2009. Nos termos do tratado, o downpayment deveria ter início no dia 30 de outubro.

Começou em dezembro

Antes disso, em abril do ano passado, foi formalizado um Termo Aditivo, criado para reorganizar o calendário do programa e compensar a demora na liberação da verba. "Na medida em que os pagamentos foram integralizados, as ações foram sendo cumpridas", explicou o almirante Júlio Moura Neto, comandante da Marinha.

Outros dois integrantes do almirantado alertam para a necessidade de uma ação mais dura e exigente no fluxo da transferência de tecnologia, cláusula fundamental do negócio. Os oficiais superiores argumentam que a indecisão havida em alguns momentos dessa fase preliminar não pode ocorrer mais adiante, quando a operação atingir os itens sensíveis do programa.

Estaleiro e Base

O tempo do empreendimento é 2015 e no momento está limitado ao primeiro movimento de terras na Ilha da Madeira, em Itaguaí, baía de Sepetiba, no litoral fluminense. Ao lado das instalações da Nuclep, o braço industrial do complexo nuclear do Brasil, o grupo Odebrecht começa a obra da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, UFEM. Depois virão um avançado estaleiro e uma base de submarinos de alta sofisticação. O presidente Luis Inácio Lula da Silva vai visitar o local até o final de julho. Deveria ter feito isso no dia 6 de abril, mas a assessoria do Palácio do Planalto considerou que não havia muito para ser visto e decidiu por um adiamento - dificuldades de agenda, foi a justificativa formal.

O pacote completo da infraestrutura vale 1.868.200.00 para a Construtora Norberto Odebrecht, majoritária no CBS, Consórcio Baía de Sepetiba, formado pela DCNS da França e pela Marinha do Brasil, que detém a golden share, o direito de veto. As áreas envolvidas somam 980 mil metros quadrados, dos quais 750 mil m² na água. O acesso ao conjunto se dará por um túnel escavado em rocha de 850 metros de comprimento e uma estrada exclusiva de 1,5 quilômetro. Haverá 2 píeres de 150 metros cada um e 3 docas secas (duas cobertas) de 170 metros. No total, serão 27 edifícios. A dragagem passa de 6 milhões de metros cúbicos. O plano da obra prevê a geração de 700 empregos diretos. Pronta, a instalação poderá dar apoio técnico a uma frota de 10 submarinos, e terá capacidade para construir duas unidades novas simultaneamente.

Um dos prédios, destinado ao procedimento de troca do reator do navio nuclear ou do combustível, será alto, equivalente a 16 andares. Os submarinos vão circular, entrar e sair das instalações por meios próprios, movimentando-se por uma zona molhada com 340 mil m².

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) implica a integração de diversos cronogramas. Um deles, o do domínio completo do ciclo de enriquecimento do urânio usado no reator dos modelos nucleares, está virtualmente concluído. A última etapa, a fábrica de gás de urânio, está pronta em Iperó, a 130 km de São Paulo, no Centro Aramar, da Marinha. Os testes serão iniciados agora. A produção, 40 toneladas por ano, em dezembro. No mesmo local o pavilhão do LabGene, para abrigar o reator do SN-Br, segue em ritmo acelerado - será ocupado daqui a dois anos. Em agosto seguem para Lorient, na França, os 27 engenheiros brasileiros aos quais caberá o trabalho de absorver o conhecimento necessário à construção, em Itaguaí, dos dois tipos de submarinos. Terão companhia: parte da primeira tripulação do navio atômico, 60 militares-instrutores, começa a ser qualificada ainda esse ano.