PortoGente embarca na Escola de Aprendizes-Marinheiros Texto publicado em 17 de Junho de 2008 - 01h38 |
Andréa Margon reportagem |
A Marinha do Brasil é a mais antiga das Forças Armadas do País. E a Escola de Aprendizes-Marinheiros (Eames) uma das mais tradicionais. A primeira, no Espírito Santo, surgiu e 1862. Para saber um pouco mais deste universo, PortoGente visitou a unidade, localizada na Enseada de Inhoã, no município de Vila Velha. Já “embarcado”, PortoGente se deparou com uma estrutura organizada e repleta de alunos e professores. O corre-corre é comum. A pressa na realização das tarefas dá um ar de eterno movimento a escola. Mas, a Eames nem sempre foi nesse local. A primeira escola foi instalada nas dependências do antigo Forte de São Francisco Xavier de Piratininga, sob a administração do capitão-tenente José Lopes de Sá. Hoje, o forte abriga o 38º Batalhão de Infantaria. Mas, qual a missão de uma Escola de Aprendizes-Marinheiros? Ela destina-se a formação de marinheiros para o Corpo de Praças da Armada. Depois de formados, eles passam a fazer parte da Marinha do Brasil. Em entrevista ao PortoGente, o atual administrador da Eames, comandante Marcelo Pamplona, fala que o País conta com quatro unidades: Escola de Aprendizes-Marinheiros do Ceará, em Fortaleza (Eamce); Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco, em Recife (Eampe); Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina, em Florianópolis (Eamsc); e Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo, em Vitória (Eames). Mas, já forram em maior número.
Segundo ele, a Marinha é diferente do exército e da aeronáutica. A formação do seu pessoal é feita pela própria instituição. Prova disso é que somente a Marinha tem escola, as outras duas Forças Armadas, não. “A carreira é planejada. Pode chegar a oficial”. Anualmente, é realizada seleção pública de âmbito nacional, onde os concorrentes devem ter entre 18 e 21 anos. Antes da criação do Estatuto da Criança e adolescente a idade era inferior, entretanto, a Escola conta com diversas disciplinas, dentre elas, o manuseio de armas, o que é proibido pela Lei. Além da limitação da faixa etária, para ingressar nas Escolas de Aprendizes-Marinheiros é necessário que o candidato tenha o ensino fundamental completo, dentre outros pontos. A oferta de vagas anualmente acontece após análise de cada unidade de ensino da Marinha. Dependendo da necessidade, os números são distribuídos e os aprovados alocados. A Eames, este ano, ofereceu 425 vagas. A escola tem capacidade para alojar 600 estudantes e suas salas de aula abrigam, em média, 45 alunos, a maioria do Rio de Janeiro. “A procura por parte dos capixabas é pequena”. O comandante Pamplona diz que a evasão fica em 10% a cada ano e que, por muitas vezes, deve-se a baixa aptidão acadêmica. “A maioria conclui o ensino fundamental através de cursos supletivos. Aqui, além das disciplinas navais, oferecemos reforço escolar. Damos, inclusive, oportunidade para que o aluno faça o ensino médio, necessário para aqueles que querem concorrer (no futuro), internamente, ao cargo de sargento”. Curso O Curso de Formação de Marinheiros (C-FMN) se destina à preparação para o Corpo de Praças da Armada (CPA) e tem duração de um ano, sob o regime de internato. Durante este período, além das aulas previstas no currículo, são realizadas palestras e projeções de vídeo sobre o Poder Naval e diversas atividades necessárias à adaptação do aluno à vida militar. O currículo do C-FMN é constituído pelas disciplinas do Ensino Profissional Básico (EPB) e do Ensino Militar-Naval (EMN). O C-FMN é ministrado em dois períodos, estando o aluno nas seguintes condições: 1º período - Aprendiz-Marinheiro (AM) e 2º período - Grumete (GR). Desde o início do curso são ensinados e cobrados dos alunos os princípios básicos da carreira militar, que são hierarquia e disciplina. As duas primeiras semanas são chamadas de adaptação e os alunos ficam em regime de internato. Depois de 12 meses, o aluno será designado para servir a bordo de navio ou organização militar da Marinha do Brasil, em qualquer parte do território nacional, onde cumprirá um Estágio Inicial (EI), destinado à avaliação do desempenho. A Eames tem muitas outras atividades, incluindo uma clínica médica. De acordo com o comandante Pamplona, cerca de cinco mil pessoas, em todo o estado do Espírito Santo, são atendidas – militares da Capitania dos Portos e seus familiares, e os inativos e pensionistas também. |
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quarta-feira, 18 de junho de 2008
UMA REPORTAGEM PortoGente embarca na Escola de Aprendizes-Marinheiros
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